Bayer compra divisão de consumo da Merck por 10 mil milhões de euros

Negócio entre as duas multinacionais envolve ainda uma parceria no desenvolvimento de medicamentos.

Foto
Fusões e aquisições animam indústria farmacêutica. Foto: Paula Abreu

É o segundo grande negócio no espaço de um mês entre players da indústria farmacêutica. A Bayer vai comprar a unidade de consumo da Merck, por 14,2 mil milhões de dólares, cerca de 10 mil milhões de euros.

O negócio, confirmado esta terça-feira pelas duas multinacionais e que deverá estar fechado até Junho, vai permitir à Bayer reforçar a área dos medicamentos de venda livre, segmento de negócio onde a Novartis e a GlaxoSmithKline a estabelecerem uma parceria recente.

O negócio engloba, segundo informação das duas empresas, uma colaboração entre a Bayer e a Merck no desenvolvimento e promoção de uma classe de medicamentos na área cardiovascular. Por essa colaboração, a Merck vai pagar mil milhões (mais de 720 milhões de euros) à Bayer.

A Merck justifica o negócio com o objectivo de reforçar a sua área de investigação em vários medicamentos, designadamente oncológicos.

No segmento de medicamentos sem receita, a Bayer passa a ter acesso a marcas como o protector solar Coppertone, o medicamento para alergias Claritin ou os produtos Dr. Scholl’s.

A área de medicamentos sem receita médica da Bayer representou, em 2013, cerca de 3,9 mil milhões de euros, o que corresponde a 10% das receitas da companhia alemã. Na empresa norte-americana, essa área de negócios representa cerca de 1,3 mil milhões de euros, e corresponde a cerca de 4% das receitas da empresa.

Na corrida ao negócio chegou a  estar a Reckitt Benckiser, a Procter & Gamble, a Sonofi, a Boehringer Ingelheim e  a Novartis.

Actualmente, e segundo a Bayer, o ranking da venda de medicamentos sem receita é liderado pela Johnson & Johnson, a que seguirá a Novartis e a GlaxoSmithKline, quando concretizarem a parceria, e em terceiro lugar surge a Bayer, depois de formalizada a aquisição da divisão da Merck.

Sugerir correcção
Comentar