Afluência aos centros comerciais aumentou 6,6% em Outubro

Índice que mede tráfego nos shoppings indica crescimento de visitantes este ano, em comparação com 2012.

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Centro Comercial de Alvalade foi renovado e oferece lojas de proximidade Tiago Machado/Arquivo

A afluência nos centros comerciais tem vindo a registar aumentos mensais desde, pelo menos, Maio em comparação com 2012. O Índice FootFall para Portugal, que mede o tráfego nos shoppings, tem registado crescimentos homólogos, subindo 6,6% em Outubro, face ao mesmo mês do ano passado. Contudo, a variação mensal registou quebras em Setembro face a Agosto (de 4,6%) e em Outubro face a Setembro (5,8%).

Entre Maio e Outubro, a maior subida em comparação com 2012 registou-se em Junho (8,5%), revela o índice, elaborado pela Experian FootFall, empresa especializada na contagem de pessoas ou monitorização de filas, por exemplo.

Em declarações à Antena 1, António Sampaio de Mattos, presidente da Associação Portuguesa dos Centros Comerciais, adianta que o sector em Portugal conseguiu aumentar as vendas em 2% no terceiro trimestre e atraiu mais 3% de visitantes.

“O pior já passou, houve uma estabilização, mas já estamos num período de crescimento suave”, disse à rádio pública, estimando um aumento do negócio em 2014 e uma “estabilização de subidas para patamares mais elevados” em 2015.

Um relatório recente da consultora imobiliária Cushman Wakefield, referente ao Outono de 2013, adiantava que o consumidores têm preferido formatos de retalho de proximidade e de pequena dimensão. E operadores de centros comerciais têm vindo a responder à tendência. É o caso do Centro Comercial de Alvalade, em Lisboa, com 31 lojas de conveniência, e o projecto Embaixada, no Príncipe Real. Estes dois exemplos “retratam um fenómeno que é cada vez mais frequente nas ruas portuguesas, o surgimento espontâneo de novos conceitos de retalho”, lê-se no documento.

Desde 2010, a oferta de grande espaços comerciais tem vindo a descer. No ano passado não houve qualquer abertura, com excepção de dois pequenos retail parks nas zonas de Grande Lisboa e Centro. Este ano não está prevista a inauguração de nenhum shopping.

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