Prémio Début da Trienal de Arquitectura para atelier Bureau Spectacular

No valor de cinco mil euros, foi atribuído ao atelier norte-americano Bureau Spectacular/Jimenez Lai, em Chicago.

Foto
Speechbuster/99 chairs (2013) é um dos vários projectos do atelier Bureau Spectacular Bureau Spectacular

Iniciativa da Trienal de Arquitectura de Lisboa, evento que começou na quinta-feira e vai decorrer na capital durante três meses, o prémio, em primeira edição, visa distinguir jovens arquitectos ou estúdios com média etária inferior a 35 anos.

O anúncio e entrega do Prémio Début Trienal de Lisboa decorreu numa cerimónia realizada na quinta-feira à noite no Museu da Eletricidade, em Lisboa, onde a Trienal tem patente uma das exposições deste ano, “Futuro Perfeito”.

A esta edição do prémio, patrocinado pelo Millennium BCP, concorreram cerca de 180 estúdios/jovens arquitectos, e chegaram dez à final, dois deles portugueses: o atelier SAMI, em Setúbal, e FALA, no Porto. Eram ainda finalistas o Assemble (Londres), o Atelier Hirschbichler (Zurique), Frida Escobedo (México), Gruppe (Zurique), Lópold Lambert (Nova Iorque), Pedro y Juana (México), e SO-IL (Nova Iorque). Em declarações à agência Lusa, José Mateus, presidente da Trienal, sublinhou o facto de “o prémio ser português, mas ter um caráter internacional, aberto a estúdios e arquitectos de todo o mundo”.

O atelier vencedor é descrito no sítio online da Trienal, que este ano tem o título “Close, Closer”, como uma equipa de média etária de 34 anos. “Tendo construído uma reputação com base em publicações fantásticas e especulativas, Jiminez Lai é um arquitecto cuja abordagem narrativa conjuga uma posição teórica e um trabalho projectual cuidado”, refere a Trienal. Jimenez Lai fundou em 2008 o Bureau Spectacular, atelier onde desenvolve o seu trabalho que passa pelo cruzamento de histórias e ficções com a arquitectura. Muito do seu pensamento sobre a prática da arquitectura está nos livros de banda desenhada que faz, e cujas narrativas frequentemente se materializam em instalações, modelos ou pequenos edifícios.

Actualmente também professor assistente na Universidade de Illinois, em Chicago, antes de abrir o seu próprio atelier Jimenez Lai viveu e trabalhou num abrigo deserto em Taliesin, antiga casa de Verão do arquitecto Frank Lloyd Wright, e num contentor no cais de Roterdão, no Atelier Van Lieshout. O seu manifesto, Citizens of No Place, foi publicado pela Princeton Architectural Press. 

O júri do prémio foi presidido pela curadora-geral da Trienal, a britânica Beatrice Galilee, a espanhola Eva Franch i Gilabert, o chinês Ou Ning, a mexicana Tatiana Bilbao e o português Diogo Seixas Lopes.

Sugerir correcção
Comentar