Ernst & Young e Finantia vão avaliar TAP na privatização

Escolha de duas entidades independentes para fazer a avaliação faz parte da lei que rege as privatizações.

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TAP voltou a ser 100% do Estado após a privatização de 2015 Nuno Ferreira Santos
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A Ernst & Young e o Banco Finantia são as duas entidades que vão avaliar o valor da TAP no âmbito da privatização, de acordo com um comunicado enviado nesta terça-feira pela empresa estatal Parpública.

A avaliação independente por duas entidades de uma empresa pública em processo de venda a privados faz parte da lei que rege as privatizações, tendo a Parpública iniciado este processo na sequência de uma decisão do Conselho de Ministros de 27 de Abril e posterior despacho em Diário da República. O comunicado da Parpública não refere o valor a pagar a estas duas empresas pela avaliação, nem o respectivo calendário.

De acordo com a lei, o processo de reprivatização de uma empresa “será sempre precedido de uma avaliação feita, pelo menos, por duas entidades independentes, escolhidas de entre as pré-qualificadas em concurso realizado para o efeito”.

Entre os potenciais candidatos à entrada no capital da TAP estão a Lufthansa (que comprou recentemente 41% da italiana ITA), a Air France-KLM, a IAG (Iberia e British Airways) e o fundo de investimentos norte-americano Certares (accionista da Douro Azul e que esteve na corrida à ITA).

“Temos de garantir que a TAP é sustentável e não vamos abdicar dos valores estratégicos” da empresa, afirmou recentemente o ministro das Infra-Estruturas, João Galamba, acrescentando, sem explicar como se garantirá a manutenção do hub da companhia aérea em Lisboa, que não se irá “abdicar da identidade portuguesa” da companhia. “É possível garantir o interesse público” no caderno de encargos, nomeadamente em caso de incumprimento, defendeu.

O Governo já afirmou que o diploma que irá regular a privatização será publicado neste Verão, faltando saber informações como a percentagem de capital da TAP SA que o Estado irá alienar.

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