PS celebra 25 de Abril com alemães

Seguro vai estar com líder do SPD alemão e Ana Gomes com antigo eurodeputado do mesmo partido.

Foto
O líder da oposição defendeu o interior do país Daniel Rocha

Sob o signo do 25 de Abril, o Partido Socialista (PS) definiu a sua agenda para os próximos tempos com uma agenda virada para a Alemanha.

No espaço de alguns dias o líder socialista, António José Seguro, e a re-candidata ao Parlamento Europeu, Ana Gomes, estarão com alemães para falar da Revolução dos Cravos.<_o3a_p>

No caso de Seguro, o secretário-geral do PS organiza um Jantar Nacional da Liberdade em Ourém onde, além do cabeça de lista Francisco Assis, vai estar também o líder do Partido Social Democrata Alemão (SPD), Sigmar Gabriel. O alemão faz parte do Governo de Angela Merkel enquanto vice-chanceler e ministro da Economia e Tecnologia.

Já Ana Gomes, participa já amanhã no debate "A Alemanha e o 25 de Abril", na Fundação Friedrich Ebert, Instituto de Língua Alemã. Onde estará Klaus Wettig – ex-eurodeputado alemão - que nos anos de 1975 e 1976 esteve em Portugal para “analisar a situação política” e “manter a direcção do SPD ao corrente dos acontecimentos”.

A proximidade do PS com o SPD alemão não é de agora. Seguro já esteve mais de uma vez com os líderes daquele partido, tendo no ano passado realizado uma visita de dois dias à Alemanha para participar nas comemorações dos 150 anos dos sociais-democratas germânicos e apoiar a candidatura a chanceler de Peer Steinbrück. Um ano antes, esteve em Berlim para reunir com Sigmar Gabriel, de onde saiu com a “com a convicção e a certeza de que há um outro pensamento, ideias diferentes da senhora Merkel para a saída da crise”. O discurso político de Seguro sobre a Europa também reflecte esse esforço, assumindo a impossibilidade de Portugal ultrapassar as suas dificuldades sem a colaboração dos seus parceiros europeus.

O PS também tem assumido a aposta na candidatura de um alemão à Presidência da Comissão Europeia. Martin Schulz – que foi presidente do Parlamento Europeu – é militante do SPD.<_o3a_p>

O problema está nas bandeiras que os sociais-democratas alemães tiveram de abandonar aquando do acordo de coligação que fez nascer o terceiro Governo de Merkel. Algumas das posições-chave defendidas por António José Seguro – como os eurobonds ou a mutualização da dívida – perderam força no discurso do SPD. Num recente debate entre Schulz e o luxemburguês Jean-Claude Juncker – o candidato do PPE à liderança da Comissão Europeia – o alemão assegurou mesmo que os eurobonds não estavam “em cima da mesa”.<_o3a_p>

Ainda assim a aposta possível de aliados na Europa depois da desilusão com o presidente francês François Hollande. Seguro chegou a classificar a eleição deste como “uma lufada de ar fresco” na Europa. Mas depois do duro programa de austeridade anunciado em França, o PS passou a ignorar o francês.<_o3a_p>

<_o3a_p> A agenda socialista revela-se assim bem diferente dos outros partidos. Amanhã o PSD limita-se a apresentar os seus candidatos do Oeste ao Parlamento Europeu. O PCP faz, na sua sede, o balanço do trabalho dos seus euro-deputados com a presença dos mesmos (João Oilveira e Inês Zuber). E a cabeça de lista do BE, Marisa Matias, participa no debate “40 anos, duas gerações”, com Oteleo Saraiva de Carvalho.

Sugerir correcção
Comentar