Não há alternativa se a Finlândia rejeitar pacote de socorro a Portugal, avisa Olli Rehn

Foto
Olli Rehn sublinhou que pacote de ajuda tem de ser aprovado por unanimidade na zona euro Thierry Roge/Reuters

O comissário europeu para os assuntos económicos e financeiros, Olli Rehn, frisou hoje que a assistência financeira externa a Portugal só é possível com o apoio da Finlândia. Nenhuma outra opção está a ser estudada, assegurou.

Em entrevista à televisão estatal finlandesa YLE, citada pela Bloomberg, Olli Rehn realçou que a aprovação do fundo de resgate europeu a Portugal requer unanimidade dos países membros.

“Se queremos evitar a falência de Portugal, precisamos de uma decisão unânime que garante que o fundo de resgate europeu pode ser utilizado para salvar Portugal. E unanimidade significa a participação da Finlândia”, disse.

Segundo as regras finlandesas, o Parlamento tem de se pronunciar sobre qualquer plano de assistência a outros membros da União Europeia. Para o comissário europeu, como frisou na semana passada, a decisão finlandesa deverá ser tomada até 16 de Maio, altura em que os 17 países da zona euro poderiam aprovar o pacote de ajuda em Conselho Europeu, para que a primeira tranche pudesse ser accionada de forma a cobrir as necessidades de financiamento portuguesas de Junho.

A aprovação do programa de ajuda poderá depender, na Finlândia, do que for o entendimento entre os três partidos mais votados nas legislativas de 17 de Abril, em negociações para formar o próximo executivo. O terceiro partido mais votado, Verdadeiros Finlandeses, de extrema-direita, opõe-se a planos de resgate na zona euro.

Já hoje, o porta-voz de Olli Rehn voltou a insistir na posição de Bruxelas, para que os partidos políticos portugueses concluam o plano de assistência financeira com as autoridades da troika - a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.

Última actualização às 20h53
Sugerir correcção
Comentar