Uma medida positiva

Quando, em Janeiro passado, o ministério da Educação decretou o fim dos exames nacionais do 4.º e 6.º anos de escolaridade, mantendo apenas as provas finais do 9.º ano, ao mesmo tempo que anunciava um novo modelo de avaliação para o ensino básico com provas de aferição no 2.º, 5.º e 8.º anos, caiu o Carmo e a Trindade. O pomo da discórdia era a mudança das regras já a meio do ano lectivo, quando a comunidade educativa preparava os alunos na base de outros pressupostos. As críticas obrigaram o Governo a recuar e aprovar, em Março, um regime transitório para este ano, permitindo a coexistência dos modelos. Agora, com os testes à porta, sabe-se que os pais vão receber um relatório individual com informações sobre o desempenho dos filhos em cada uma das disciplinas avaliadas. Uma medida positiva para contrariar a ideia de que estas provas são um mero pró-forma, sem retorno. Como as escolas também receberão relatórios sobre o seu desempenho, espera-se agora que, em conjunto, todos sejam capazes de tirar as devidas consequências destes resultados.

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