Sacrifícios pedidos aos portugueses não vão ser suaves, avisa Passos

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Pedro Passos Coelho José Manuel Ribeiro/Reuters

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu hoje que os sacrifícios exigidos aos portugueses não serão suaves nem os resultados serão rápidos, numa mensagem publicada no Facebook antes de partir de férias com a família.

No texto intitulado “Uma pequena reflexão de Verão”, o primeiro-ministro começa por se referir à “agenda exigente” relacionada com o “ritmo da tomada de decisões” e a “necessidade de cumprir acordos” com que o país se comprometeu.

Logo a seguir, Pedro Passos Coelho lamenta o “ponto de partida extremamente débil” com que o seu Governo tem de lidar e alerta para a “instabilidade no sistema Financeiro Europeu e Americano” que, na sua opinião, “são travões para um percurso já de si cheio de sacrifícios, tanto na intensidade como no tempo”.

O chefe do Governo afirma ainda que a sociedade portuguesa tem de “mudar de vida” a fim de “encontrar um rumo de prosperidade”.

O texto divulgado no perfil público de Passos Coelho no Facebook é claro quanto ao tempo de austeridade que se avizinha: “Não me comprometo com resultados rápidos nem com sacrifícios suaves. Não seria realista”. Logo a seguir, um tom mais optimista: “Não duvido que, passada esta profunda e longa tempestade, teremos um país muito mais bem preparado para compreender, competir e vencer num mundo que assiste diariamente a importantes transformações.”

No final, Passos Coelho dá conta dos seus planos pessoais para os próximos dias, afirmando que estará com a mulher e as filhas “para recuperar" durante "algum tempo” o papel de “marido e pai”. “Vai ser um período mais curto do que seria a nossa vontade, mas será o possível dentro das actuais circunstâncias. Procurarei aproveitar intensamente o tempo disponível: afinal é nas situações mais simples que podemos encontrar os momentos de maior felicidade”, termina a mensagem.

Última actualização às 21h55
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