Montepio: Santana afirma que Santa Casa “não entra em aventuras”

Sem “descartar” a hipótese de vir a constribuir para uma solução, o provedor garante que não é “vocação” da Santa Casa ser accionista de uma instituição financeira

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NFACTOS / Pedro Granadeiro

Pedro Santana Lopes garantiu esta sexta-feira,  em entrevista à TVI, que a possibilidade da Santa Casa vir a desempenhar um papel na reestruturação do Montepio deve ser "estudada", primeiro. Até porque "a Santa Casa não entra em aventuras", garantiu o provedor daquela instituição.

“Descartar [essa hipótese], não descarto. Basta o Governo dizer que gostava de ver a Santa Casa de Lisboa e outras instituições da área social para eu achar que se pode ser uma obrigação. E compreendo a perspectiva do Governo", continuou Santana Lopes.

Para já, acrescentou, "não está previsto" que a Santa Casa se assuma como principal accionista do Montepio, até porque não é a sua "vocação principal assumir responsabilidades desse tipo". “Até podíamos ter capacidade financeira para o fazer, mas o que penso é que não devemos, em princípio, assumir uma responsabilidade como essa. Uma coisa é participar num projecto conjunto e entrar. Outra coisa é irmos liderar instituições financeiras. Não está na nossa vocação e não acredito que isso vá ou possa acontecer. Contribuirmos é uma coisa, mas mesmo assim temos de fazer a avaliação do ponto de vista institucional e financeiro".

Estas declarações de Santana Lopes surgem depois de o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, ter afirmado na quinta-feira  que o Governo veria com "simpatia e naturalidade" uma possível entrada da Santa Casa da Misericórdia e outras instituições da área social no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

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