Ibero-Americana: Passos afirma que há “nova fase” na Europa e defende abertura

Primeiro-ministro dá por findo o “ciclo de abrandamento económico” e condena proteccionismo.

Foto
Passos e Cavaco Silva lado a lado na cimeira a decorrer na Cidade do Panamá Reuters/Jorge Cabrera

O primeiro-ministro português sustentou neste sábado que está a começar uma “nova fase” na Europa, dando como ultrapassado o “ciclo de abrandamento económico”, num discurso em que defendeu a abertura das economias ibero-americanas e condenou o proteccionismo.

Numa intervenção na XXIII Cimeira Ibero-Americana, que decorre na Cidade do Panamá, Pedro Passos Coelho afirmou que “as economias da União Europeia, após um longo período recessivo, começam agora a dar sinais encorajadores” e que “está a começar uma nova fase na Europa, em que a recuperação económica dá sinais positivos”.

“A produção industrial tem aumentado. A confiança dos mercados está a regressar. As bolsas têm apresentado bons resultados. As perspectivas de negócio têm vindo a melhorar de forma consistente e a confiança dos consumidores tem subido acentuadamente”, referiu.

Quanto à situação de Portugal, o chefe do executivo PSD/CDS-PP declarou: “A balança de transacções correntes, estruturalmente negativa, deverá agora ser globalmente equilibrada, o ritmo da contracção tem vindo a reduzir-se e, apesar da progressiva redução do défice público que prosseguirá no próximo ano, prevê-se que em 2014 o país regresse ao crescimento, com uma economia mais competitiva”.

Perante a comunidade ibero-americana, embora ressalvando que o “caminho da recuperação sustentável leva o seu tempo”, o primeiro-ministro português falou do período de “abrandamento económico” no passado.

“Durante o ciclo de abrandamento económico de que a Europa padeceu, olhámos para aqueles países cujas economias revelavam maior dinamismo e capacidade para contrariar os efeitos recessivos sentidos deste lado do Atlântico. Foi o caso da América Latina”, disse.

Passos Coelho acrescentou que essas ligações devem ser fortalecidas, com os países europeus, “desta feita, como parceiros dinâmicos”.

“A América Latina precisa de uma Europa economicamente forte e é nessa óptica que desejamos intensificar a nossa interdependência”, completou.

Na sua intervenção, o chefe do Governo português defendeu que a comunidade ibero-americana “tem de estar virada e aberta ao Mundo, e ser um exemplo de economias modernas e sociedades abertas, que rejeitam a discriminação económica e o proteccionismo em razão da geografia”

Sugerir correcção
Comentar