Cartas ao director e PÚBLICO ERROU

A CGD é para funcionar ou nem por isso?

Depois de todas as novelas sobre pessoas que vão ou deixam de ir para a Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), não será tempo de deixar a Caixa funcionar, ou haverá só vontade de acabar de vez com o que da mesma, ainda existe?

Cada dia que mais se protele o que se espera possa ser a normalidade na CGD mais facadas são dadas numa Instituição que  “ainda” não é espanhola, angolana ou chinesa. E, que apesar de demasiados percalços nestas últimas décadas deveria melhor funcionar.

E a necessidade de quem hoje não conseguiu ser Governo aparecer no “bota a baixo vai fazendo com  que o essencial , que a CGD funcionasse, passe para último lugar.  Fica cada vez mais a impressão de que o país deixou de ser o “alvo” dos nossos políticos.

Será que a CGD algum dia irá funcionar? Assim não parece!

Augusto Küttner, Porto

 

Quanto vale um ministro competente?

O primeiro-ministro está a ser fortemente pressionado para demitir o ministro das Finanças Mário Centeno, em virtude do episódio da declaração de rendimentos do anterior presidente da CGD. Curiosamente, no meio deste frenesim, os elogios de Bruxelas ao cumprimento das metas do défice e à revisão em alta do crescimento económico, que constituem a verdadeira essência do desempenho de Mário Centeno nas Finanças, passaram despercebidos à oposição.

O ministro em causa tem sido um importante agente diplomático junto da Comissão Europeia obtendo concessões e o respeito dos seus parceiros. Colocar em causa a qualidade e integridade de Mário Centeno, forçando a sua demissão por um caso sobrevalorizado/irrelevante e meramente legalista, privará o país de um técnico competente, dialogante e capaz de gerir interesses antagónicos e difíceis, com mestria.

Situação semelhante ocorreu em 2004 com o então secretário dos assuntos fiscais Paulo Macedo, que após um trabalho na modernização da máquina fiscal do Estado e de arrecadar centenas de milhões de euros para o erário público, acabou por ser demitido (demitir-se) pela dimensão do salário auferido (perfeitamente ajustado ao seu valor e competência).

O sistema político continua a aproveitar as polémicas para benefícios eleitorais, atacando os elos mais frágeis, os elementos do governo sem passado partidário e bons técnicos de carreira.

João António do Poço Ramos, Póvoa de Varzim

PÚBLICO ERROU

No gráfico publicado ontem na página 3 onde se comparam três opções para o novo aeroporto, à luz de vários critérios, a solução Montijo aparece como “boa” (seta para cima a azul)  para o critério da sustentabilidade ambiental quando devia aparecer como “má” (seta para baixo a vermelho).  

 

 

 

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