Cartas à Directora

Grupos terroristas

Ao longo, das últimas década, a Europa e o Mundo enfrentaram inúmeros grupos terroristas, com maior a menos propensão nacional e internacional. A sua força e impacto junto das sociedades varia em função da capacidade, que as cúpulas destes movimentos evidenciam, para captar financiamento. A título de exemplo, repare-se no caso particular das FARC, grupo terrorista colombiano, responsável por numerosos atentados e raptos. Durante anos, o financiamento regular venezuelano de armas, mantimentos e dinheiro sustentaram o movimento terrorista na Colômbia. No entanto, com as dificuldades económicas sentidas pela Venezuela, este mesmo financiamento foi abruptamente cortado, o que inevitavelmente levou à suspensão das actividades do grupo e a um processo de negociação de paz, com o governo de Bogotá. A crueza da económica consegue ser bem mais letal para este tipo de grupos, do que o investimento em armas, exércitos e serviços de informação. Da mesma forma, o ISIS e os restantes movimentos extremistas islâmicos deverão ser combatidos na mesma, base, optando-se por tentar secar as suas principais fontes de financiamento, nomeadamente a Arábia Saudita e a Turquia.

João António do Poço Ramos, Póvoa de Varzim

Simplex, uma meia fraude

Vivemos tempos de grande hipocrisia e de inúmeras falsidades pelo que seria fastidioso discorrer aqui sobre todas elas daí ficarmos pelo Simplex, uma iniciativa de mérito mas que está longe de cumprir todo o seu potencial! Quem domina as Tecnologias de Informação e Comunicação sabe o quão fácil é chegar a uma qualquer organização e melhorar os seus processos bem como torná-la mais próxima dos seus “clientes”, sendo isto mais óbvio na Administração Pública (AP) onde há um oceano de melhorias a efetuar! Sendo fácil, o Mérito está na capacidade de implementação daí o reconhecimento generalizado pelas qualidades de Maria Manuel Leitão Marques, a principal responsável pelo Programa! Sabendo-se que os Portugueses são muito bons a diagnosticar mas maus a executar, só por si é de louvar esta capacidade! Infelizmente o potencial do Simplex fica-se por aqui! Apesar de achar que o número de melhorias (1191) em 10 anos é reduzido, não é por aqui que a meia fraude do Simplex se consubstancia mas sim porque está longe de ser a Reforma da AP que, demagogicamente, o Governo quer associar a este Programa! Tornar a AP mais eficiente sem redução de funcionários públicos é uma Fraude! Simplificar tarefas, desmaterializar processos/automatizar, pôr os Sistemas de Informação a falarem uns com os outros, concentrar infraestruturas informáticas, entre muitas outras ações, obrigatoriamente diminui o número de horas homem necessários na AP! Pergunta-se então porque não o faz este Governo? Manifestamente por falta de coragem política do PS e por um descarado eleitoralismo deste Governo, de que as 35 horas e a reposição dos ordenados na AP são também exemplos! O PS não é Reformador, e muito menos com os acordos à esquerda, pelo que o propalado Plano de Reformas não passa de um conjunto de “soundbytes” para Bruxelas ouvir mas de duvidosa aceitação! O Simplex é uma meia prova disso!

Luís Novais Reis, Lisboa

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