Cartas à Directora

Desculpem, o Daesh faz-me rir

Não esqueço nunca o sofrimento que afecta todo o mundo pela perda de tantas vidas humanas. A minha solidariedade está acima de qualquer dúvida. Então, por que me faz rir o Daesh?

Têm os carregadores cheios e os cérebros vazios, mas julgam-se filósofos. Não têm espírito de humor e nem sequer sabem o que perdem. Não passam de palhaços e aspiram a Oscars. Ainda não repararam que, em cada missão executada, há sempre algum “mártir” que, convenientemente, se arrepende e “dá às de vila diogo”. Não conseguem perceber que os “heróis” suicidas lhes vão fazer falta para acções futuras. Têm pela frente a derrota próxima e mais que certa e ainda não o compreenderam. São burros que nem portas e avaliam-se inteligentes. Conspurcam a sua própria religião e imaginam que a estão a glorificar. Se não houvesse sangue, todos nos riríamos deles a bandeiras despregadas. Não dão uma para a caixa e sentem-se os vencedores do Euromilhões. É imperioso que os muçulmanos autênticos percam medos, denunciem e combatam sem tibiezas esses pobres diabos, cobardolas e criminosos. Então aí, coitados dos Daesh’s, nem a pele se lhes aproveitará!

José A. Rodrigues, Vila Nova de Gaia

 

Sé neste país…!

Truz daqui, truz dali, lá vem a maldita expressão que tanto me atazana os neurónios e me tira do sério!

Sempre que algo de negativo e com alguma bizarrice à mistura acontece no rectângulo e adjacências, qual gatilho sempre pronto a disparar, lá salta ela, como se tudo explicasse e fosse o reconhecimento da resignação de todos os que tiveram o azar de ter nascido por estes lados.

“ Eh pá, só neste país…!”

Claro que todos nos devemos indignar perante os casos escabrosos e infelizmente frequentes de que vamos tendo conhecimento no dia-a-dia. Mas daí a concluir que eles acontecem “ só neste país” vai uma enorme distância.

Claro que não temos o exclusivo do Mal, da Injustiça e da Estupidez! Claro que o Diabo se encarregou de distribuir as suas obras um pouco por todo o lado, ainda que tenha sido mais pródigo com alguns.

E toda esta conversa de chacha porque, ainda há pouco, até para meu espanto, soltei bem alto a maldita expressão!

“Bolas, isto só neste país!”

Até o gato se assustou ao ouvir-me falar sozinho. O Chiva fazia-me companhia enquanto estive a ler um extenso artigo sobre o descomunal esforço que tem sido exigido e imposto aos contribuintes portugueses para salvar bancos geridos criminosamente pelos seus proprietários.

E aqui, realmente somos mesmo muito originais! O Governador do Banco de Portugal continua a ser o mesmo, ninguém foi preso e nenhuma fortuna de origem duvidosa foi resgatada pelo Erário Público! É obra…!

Têm razão, meus amigos. Vou deixar de vos contrariar!

Só mesmo neste desgraçado país…!

Helder Pancadas, Sobreda

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