Cartas à Directora

Quo vadis, Novo Banco?

Separado por amputação do BES, o Novo Banco continua a ser um quebra-cabeças para todos quantos estejam a ele ligados na procura de uma solução para o que terá começado mal, continuará mal e, embora não seja o desejo do Primeiro-Ministro, tudo leva a crer que acabará mal para as finanças públicas, que é o mesmo que dizer, para os contribuintes portugueses.

À medida que o tempo decorre, muitos são os palpites dos entendidos na matéria, uns defendendo a venda pela melhor oferta, outros pugnando por o transformar em mais um banco público, sem que alguma solução definitiva seja tomada, ou mesmo equacionada. Entretanto, os prejuízos da gestão vão-se acumulando à razão de muitos milhões por ano, sendo que se o atual marasmo continuar, não só os 4,9 mil milhões de euros “enterrados” no Novo Banco desaparecem na voragem do tempo, como mais outros muitos milhões é preciso encontrar no Orçamento do Estado para fazer face aos prejuízos anualmente registados.

Perante tão preocupante e expectável desastre financeiro, são mais que horas para que se formule a pergunta: Quo Vadis Novo Banco? Do que se ouve e lê, impor-se-á três rápidas iniciativas: (i) – Proceder a uma auditoria interna com vista a determinar, com rigor, o valor do Banco; (ii) – Conhecido o citado valor, procurar saber da existência, ou não, de potenciais interessados nacionais disponíveis para participarem em concurso público; (iii) – Falhada a venda a nacionais, emitir ações correspondentes ao capital social, destinando 51% à CGD, colocando os restantes 49% em Bolsa mediante uma operação conhecida por IPO (Initial Public Offering). Importante é que haja uma decisão rápida, e que se privilegie a detenção do Banco por investidores portugueses.

A. Álvaro de Sousa,  Valongo

 

Apoio para alguns

A pátria lusa tem 385 mil desempregados sem receber qualquer apoio do Estado. Enquanto as pensões até 628 euros foram aumentadas 0,4%,o Tribunal Constitucional reverteu a suspensão do pagamento, com retroactivos, das subvenções vitalícias aos ex-políticos. O Orçamento do Estado começou a ser penteado. Jerónimo de Sousa e Catarina Martins defendiam um avant garde estilo anos 75. Contudo, a moda bruxelense venceu. Austeridade escondida com algumas “esmolas” de fora. A tomada de posse do presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa vai ficar por 16 mil euros, segundo o projecto de Orçamento da Casa da Democracia 2016. A Assembleia da República vai vestir-se de gala. (...)

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Saia um Centeno

Ao ouvir os esclarecimentos da senhora Bastonária dos enfermeiros sobre as suas declarações à RR acerca da eutanásia, aconselho-a a emitir com a máxima urgência um Centeno, que lembro a quem tenha a capacidade de literacia limitada, ser o novo substantivo colectivo de errata da errata da errata, e assim ficarmos todos devidamente esclarecidos.

Jorge Morais, Porto

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