Governo proíbe comercialização de carne de aves congelada antes de dia 14

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Os operadores económicos alertados para proceder à retirada dos produtos do mercado Miguel Madeira (PÚBLICO)

A comercialização e a exportação de carne de aves de origem nacional congelada antes de sexta-feira, dia 14, foi hoje proibida pelo Ministério da Agricultura para "reforçar a segurança e a confiança dos consumidores".

Depois de o ministro Sevinate Pinto ter anunciado ontem que esta medida ia ser tomada, o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas "determinou hoje a proibição imediata da comercialização e da exportação de carne de frango, peru e codornizes congelada antes de 14 de Março, devendo os operadores económicos (dos matadouros à restauração) proceder à retirada destes produtos do mercado".

A aplicação destas medidas vai ser fiscalizada pela Direcção Geral de Veterinária e pela Direcção Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar, de acordo com um comunicado da tutela.

Na origem destas decisões esteve "o limitado período de conservação da carne de aves que implica que a carne actualmente presente no mercado não possa ter tido origem nas explorações sob sequestro".

A possibilidade de alguns operadores económicos terem procedido à congelação de carne de aves, depois da divulgação pública, a 26 de Fevereiro, do sequestro de diversas explorações suspeitas de utilizarem nitrofurano, e a hipótese de a carne proveniente das mesmas explorações ter sido introduzida no mercado antes do sequestro foram os outros elementos tidos em consideração pelo ministério. "Apesar de não existirem elementos que permitam concluir que a carne de aves congelada que se encontra no circuito comercial contenha necessariamente resíduos de nitrofuranos, as circunstâncias atrás referidas aconselham a que se actue de forma cautelar, de modo a reforçar a segurança alimentar e a confiança dos consumidores", finaliza o comunicado.

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