Sporting continua infalível após reviravolta com o Estrela da Amadora

Amadorenses marcaram primeiro, mas os “leões” responderam e recuperaram a liderança do campeonato ao rival da Luz antes do confronto com o Benfica.

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Nuno Santos marcou segundo golo do Sporting Reuters/HENRIQUE CASINHAS
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O Sporting superou esta sexta-feira mais uma etapa na corrida pelo título, recuperando, com o triunfo (1-2) da 27.ª jornada, no terreno do Estrela da Amadora, a liderança perdida instantes antes para o Benfica, próximo adversário.

Sem Pedro Gonçalves, os “leões” foram guiados por Trincão numa reviravolta reveladora da vitalidade da equipa de Rúben Amorim, que não se deixou abater pelo golo inaugural do Estrela, reagindo de imediato e a tempo de poder respirar melhor antes dos dois jogos decisivos com as "águias".

Sem a liderança de Coates, afastado por problemas gástricos, e com Gonçalo Inácio a começar no banco (jogou 90 minutos no Eslovénia-Portugal), a defesa do Sporting sentiu dificuldades para neutralizar a pressão exercida pelo Estrela e acabou por ceder no primeiro canto contra: Gyökeres não controlou o argentino Leonel Bucca (em estreia a titular) e Franco Israel falhou a saída da baliza, permitindo a recarga de Bucca para o fundo das redes, depois de um primeiro cabeceamento ao poste do extremo do Estrela.

O lance resultou de uma iniciativa de Léo Cordeiro, com finalização a obrigar Israel a defesa aparatosa para canto. Tudo em resposta ao aviso deixado uns minutos antes por Gyökeres, num remate venenoso travado por Brígido, a tentar refrear o ímpeto do Estrela e de Leo Jabá.

Em desvantagem, o Sporting manteve a serenidade e não tardou mais de meia dúzia de minutos para igualar e menos de 25 para operar a cambalhota, sempre com Trincão como denominador comum, a encontrar os espaços e a fornecer Paulinho e Nuno Santos, autores dos golos que deixavam os “leões” na frente à saída para intervalo.

Um resultado ainda longe de permitir a gestão ideal para o duplo confronto com o rival Benfica — para a Taça de Portugal e para o campeonato —, mas que abria perspectivas bem mais animadoras, possibilitando uma abordagem menos precipitada, sobretudo no aspecto disciplinar, já que havia um leque de jogadores em risco.

O Estrela da Amadora tentou rectificar, com duas alterações na linha média ao intervalo, mas o Sporting não se deixou surpreender. O caudal ofensivo dos visitantes era incomparavelmente mais forte, com Gyökeres, Trincão e Nuno Santos muito perto de ampliarem a vantagem, mas com Bruno Brígido sempre muito atento.

Sem sinais ameaçadores da parte do Estrela da Amadora, o Sporting manteve o controlo do jogo, com Rúben Amorim a arriscar a entrada de Hjulmand (em risco de suspensão), mantendo Nuno Santos, também a um cartão de falhar o jogo com o Benfica.

Nada que impedisse o Sporting de continuar sempre mais perto do terceiro golo, que Trincão justificava, mas que desperdiçou aos 85 minutos, e que traduziria a diferença entre as duas equipas na noite da Reboleira.

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