A minoria ruidosa do Chega

O Chega é uma amálgama de descontentamentos e preconceitos latentes na sociedade que não têm hoje problema em fazer ouvir a sua voz.

Ouça este artigo
00:00
02:21

Sexta-feira, 23 de Fevereiro, Praça Duque de Saldanha, Lisboa. Quatro raparigas e duas pessoas transgénero na casa dos vinte anos, bastante “alternativas”, roupas escuras, maquilhagens imaginativas, passam junto a uma esplanada perto da meia-noite. Sentados em várias mesas, cerca de 15 homens reparam no conjunto. Alguns levantam-se e fazem a saudação nazi, a maioria grita “Chega” e “André Ventura”, elas ripostam com insultos, mas continuam a andar. Três dos homens levantam-se e perseguem o grupo, que continua a responder, um dos homens atira-lhes um copo de cerveja, o grupo atravessa a passadeira e vai-se embora. É muito isto o Chega, muitas vezes não mais do que isto, o que não deixa de ser de mais.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 33 comentários