Pressão nas urgências: Hospital das Forças Armadas recebe doentes do SNS

Hospital das Forças Armadas volta a apoiar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde. No pólo do Porto já estão internados 15 doentes.

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O pico de Gripe A está a gerar elevados tempos de espera nas urgências Rui Gaudêncio (arquivo)

Com os serviços de urgência muito pressionados pela grande afluência dos últimos dias, o pólo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas (HFAR) vai começar a receber doentes dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a partir desta sexta-feira. No pólo do Porto deste hospital militar estão já internados 15 doentes.

A decisão foi anunciada pela Direcção Executiva (DE) do SNS que explica, num comunicado elaborado em conjunto com o HFAR, que a medida decorre de "um protocolo relativo ao Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas", no âmbito do qual está previsto este apoio na "prestação de cuidados de saúde aos utentes do SNS, aumentando a oferta de cuidados num período de grande afluência aos serviços de internamento".

Não é a primeira vez que o HFAR - que tem dois pólos, um em Lisboa e outro no Porto - recebe doentes do SNS. Isso tem acontecido pontualmente em períodos de maior pressão no SNS, no âmbito deste plano de contingência e também durante a pandemia de covid-19, quando o HFAR chegou mesmo a acolher mais de mil pacientes oriundos dos hospitais do SNS.

É uma pequena ajuda. Para já, segundo adiantou a DE-SNS ao PÚBLICO, esta fase do plano de contingência abrange Lisboa, "onde as necessidades são mais complexas e onde foi mais exigente o processo". ​Mas no Porto, acrescentou, o plano de contingência já está activado, "com 15 doentes internados no Hospital Militar". Em Lisboa, devem ser transferidos esta sexta-feira os primeiros doentes e prevê-se que este plano seja alargado até aos 20 pacientes, numa primeira fase, "com uma gestão flexível e um diálogo clínico constante", podendo ser "ser ponderadas novas acções, escalando as intervenções", refere o organismo liderado por Fernando Araújo.

No comunicado conjunto, explica-se que, apesar de não estar integrado na rede das unidades do SNS, o HFAR é "um estabelecimento hospitalar militar do sector público, que se constitui como elemento de retaguarda do Sistema de Saúde Militar em apoio da saúde operacional, na directa dependência do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e que, entre outras atribuições, promove a cooperação e articulação com o SNS".

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