Três notas soltas sobre as eleições regionais na Madeira

Os resultados das eleições deste domingo na Região Autónoma da Madeira não se expressam apenas em números. Politicamente podem ser lidos assim:

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Quem perde

  • Desde logo, a coligação “Somos Madeira”. PSD e CDS não conseguiram, juntos, em coligação pré-eleitoral, segurar o número de deputados obtido em 2019 (21+3=24). Elegeram agora 23 mandatos, ficando a um mandato da maioria absoluta.
  • As perdas eleitorais do PSD no arquipélago registam-se desde 2011. Em 2019, o PSD já tinha perdido a maioria absoluta. Encontrou no CDS os deputados que faltavam para uma maioria absoluta no governo e no parlamento.
  • Em luta pela sobrevivência política, o CDS também perdeu. Em 2011 e 2015 foi o segundo partido político mais votado, elegendo nove e sete deputados no parlamento regional, respectivamente. Em 2019 reitera a tendência de descida e elege três deputados. Em 2023 elege três deputados em coligação.
  • O PS não conseguiu manter a dinâmica competitiva de 2019. A mudança de liderança obnubilou a perspectiva de alternância e não convenceu o eleitorado.


Quem vence

O Chega e a Iniciativa Liberal, porque entram no parlamento regional. O Juntos Pelo Povo, porque reforça a sua representação. O BE e PAN, porque regressam ao hemiciclo, e a CDU, porque mantém o seu deputado. Todos estes partidos obtiveram sucessos políticos nestas eleições regionais na Madeira.


Os cenários governativos

  • PSD e CDS apresentam solução governativa com apoio parlamentar do IL e/ou PAN;
  • PSD e CDS não conseguem chegar a acordo com o IL e/ou PAN e declinam formação do governo, provocando novas eleições;
  • PSD e CDS governam em maioria relativa.
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