Forças Armadas perderam 738 efectivos este ano

Associação de oficiais diz que entre 2011 e o segundo trimestre deste ano, o número de efectivos nas Forças Armadas passou dos 34.514 para 23.558.

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Em Agosto, a ministra da Defesa reconheceu existirem dificuldades em Portugal e noutros países no recrutamento de militares Maria Abranches
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As Forças Armadas perderam 134 efectivos no segundo trimestre deste ano, elevando para 738 a redução de militares durante 2023, alertou a associação de oficiais (AOFA).

"As Forças Armadas Portuguesas registaram, uma vez mais, uma redução de efectivos que só no segundo trimestre de 2023 se cifra em 134. Só este ano de 2023, as Forças Armadas já perderam 738 militares", adianta a AOFA, numa análise aos dados da Direcção-Geral da Administração e Emprego Público.

Segundo a associação, entre 2011 e o segundo trimestre deste ano, o número de efectivos nas Forças Armadas passou dos 34.514 para 23.558, ou seja, menos 10.956 militares.

"A limpeza de efectivos nos últimos anos é de 10.956 militares, a que corresponde percentualmente uma colossal redução percentual de 31,74%", refere ainda a análise da AOFA aos dados estatísticos da direcção-geral.

Em Agosto, a ministra da Defesa reconheceu existirem dificuldades em Portugal e noutros países no recrutamento de militares, mas assegurou que o Governo está a trabalhar para atrair e reter efectivos.

As dificuldades de recrutamento e retenção "sobretudo têm vindo a ser reconhecidas em Portugal e noutros países que enfrentam essas dificuldades. Temos feito um conjunto de medidas para lidar com estas dificuldades", assegurou Helena Carreiras. "Há um conjunto de medidas a que se somam medidas na área dos rendimentos. Tal como fizemos em 2022, em que foi possível aumentar os salários entre dois e oito por cento e para as categorias mais baixas da tabela remuneratório aumentar até 100 euros, valorizando um conjunto de oito mil militares", disse a governante.

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