Cristiano Ronaldo: “[Regresso à Europa] é porta completamente fechada”

Avançado do Al Nassr elogia a Liga saudita e considera que os campeonatos europeus perderam muita qualidade.

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Cristiano Ronaldo joga actualmente na Arábia Saudita Reuters/AHMED YOSRI

O futebolista Cristiano Ronaldo, que representa os sauditas do Al Nassr desde Janeiro, garantiu na segunda-feira que o regresso ao futebol europeu é uma "porta completamente fechada".

"Essa porta está completamente fechada. Disse quando assinei [pelo Al Nassr], já tenho 38 anos e meio e não vale a pena. Na minha maneira de ver, a Europa perdeu muita qualidade", afirmou o avançado português aos jornalistas, após o jogo particular entre o Al Nassr e o Celta de Vigo, que os espanhóis venceram por 5-0, no Estádio Algarve.

Cristiano Ronaldo explicou depois que "a única Liga no mundo" que vê "a um nível superior a todas as outras" é a Premier League inglesa.

"A Liga espanhola não está com aquela grande qualidade, a Liga portuguesa é uma liga boa mas não é uma liga top top, na minha opinião, e a Liga alemã também acho que perdeu bastante. Tenho a certeza de que não vou jogar mais na Europa", reforçou o internacional português.

Questionado sobre uma eventual incursão na Liga norte-americana (MLS), como aconteceu com Lionel Messi, que reforçou o Inter Miami, Cristiano Ronaldo foi claro: "Também não. Na Arábia [Saudita], o campeonato é muito melhor do que nos Estados Unidos".

Ainda em relação à Liga saudita, o avançado luso disse que ele próprio "abriu a caixa de Pandora e agora todo o mundo vai para lá, coincidência ou não": "Estou muito contente, porque disse que a Liga saudita ia ser, em três anos, a quinta melhor Liga do mundo, mas, a continuar assim, creio que em um ano passará a Liga turca, a holandesa e, depois, com a quantidade dos jogadores top já contratados, vai ser muito boa".

Após 21 anos de carreira, o avançado português lembrou que continua a bater recordes e considerou que tem sempre algo a provar, além de querer continuar a dar "um exemplo de longevidade".

"Quando não temos nada a provar, é sinal de que estamos mortos para a vida. Todos os anos tenho algo para provar, provar que posso dar um exemplo de longevidade. Com 38 anos e meio, acho que vou fazer coisas muito interessantes ainda: golos, assistências, boa preparação na selecção - fazer uma boa fase de qualificação e um bom Europeu - e continuar a minha dinâmica como sempre. São 21 anos de carreira, vou continuar a desfrutar da mesma maneira, ainda me sinto útil", sublinhou.

O internacional português, que começou a treinar na semana passada, realizou os primeiros minutos num jogo de pré-época do Al Nassr, tendo jogado apenas a primeira parte frente aos espanhóis do Celta de Vigo, na abertura do Troféu do Algarve.

"A primeira parte foi muita boa. Dominámos. Depois, o árbitro exagerou, acho que estragou completamente o jogo. Aquela expulsão matou o jogo e, quando assim é, é difícil. Sofres o primeiro golo e depois a equipa foi abaixo", declarou, considerando-se "muito feliz" com o treinador português Luís Castro.

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