Aumentam os doentes não urgentes a dar entrada nos hospitais. É “inadiável” resolver este problema

Fernando Araújo diz que é inadiável discutir e alterar a referenciação dos doentes para os serviços de urgência. Ministro da Saúde prefere ser mais comedido nas palavras.

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Na região de Lisboa os doentes com pulseira verde, azul e branca que entram nas urgências chegam quase aos 50% Manuel Roberto

Está a aumentar o número de doentes triados como não urgentes que recorrem aos serviços de urgência em Portugal. Desde 2015 que a percentagem de casos que poderiam ser vistos fora destes serviços abertos 24 horas e equipados para receber e tratar doentes com gravidade tem vindo a subir — e em Novembro de 2022 atingiu o valor mais elevado dos últimos anos, a crer na monitorização disponível no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os dados indicam que 44,5% dos mais de 5,7 milhões de atendimentos nas urgências nos primeiros 11 meses do ano passado (os números de Dezembro ainda não estão disponíveis) receberam à entrada pulseiras verdes, azuis e brancas, casos considerados pouco ou não urgentes, respectivamente, de acordo com a triagem de Manchester, um sistema de escalonamento de prioridades que permite classificar a gravidade da situação dos doentes.

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