FPF pede “punição exemplar” para agressões a árbitros

Em causa estão os sete casos de violência ocorridos no passado fim-de-semana em diferentes patamares competitivos.

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Rui Gaudencio

O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) condenou nesta terça-feira os casos de violência sobre os árbitros ocorridos em vários jogos no último fim-de-semana desportivo e pede uma “punição exemplar” para os agressores.

“Os recintos desportivos devem ser locais seguros, onde todos devem poder exercer livremente a sua actividade. O que se passou deve envergonhar todos os agentes desportivos e merece punição exemplar por parte das entidades responsáveis. Situações como estas não devem repetir-se”, pode ler-se no comunicado emitido pelo CA no site oficial da federação.

O mesmo organismo reitera que “está solidário com todas as equipas de arbitragem que foram vítimas de violência nos últimos dias, bem como com todas as que, em outros momentos, sofreram agressões”.

Já na segunda-feira, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) tinha anunciado que irá reunir-se “nos próximos dias” para analisar medidas a tomar para combater os sucessivos episódios de agressões aos “juízes” em jogos de futebol. Só no último fim-de-semana, foram sete as ocorrências registadas.

“Iremos reunir com os núcleos de árbitros, alguns árbitros e seus representantes e iremos analisar o que fazer. E vamos enviar as queixas para o Ministério Público e exigir, no âmbito desportivo e jurídico, que os agressores sejam punidos”, garantiu o presidente da APAF, Luciano Gonçalves.

Em declarações à Lusa, o dirigente comentava os sete incidentes reportados no passado sábado e domingo em desafios de futebol de escalões inferiores e camadas jovens, admitindo que encontrar uma resposta eficaz não é tarefa fácil.

“Não temos nenhuma solução que nos garante que estas situações não aconteçam. Tivemos agressões em partidas com e sem policiamento, em jogos de miúdos de 14 anos e de seniores... Uma tipologia variada. Não é algo que possamos dizer que se optarmos por ‘esta situação’ isso vai acabar, termos a garantia de que vai terminar. Não temos”, explicou.

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