Fernando Santos: oito anos a precisar de Gonçalo Ramos

Na Argentina reza a lenda do jornalista Pepe Peña, alcunhado Pepe Leña, mas menos pela sua ligação aos combustíveis fósseis do que pelo costume de açoitar sem limites futebolistas e treinadores. Quando o recordam, em artigos e livros, contam sempre o caso de Raúl “Motoneta” Nardiello, um extremo direito analfabeto a geometria (só conhecia linhas rectas) a quem Pepe colou o rótulo de jogar “com um balde na cabeça”. Impressionado pela sapiência demonstrada em prosa e na rádio, o presidente do Huracán convidou-o a treinar a equipa. Pepe estreou-se a 16 de Abril de 1961 a perder 5-2, prosseguiu com um empate 2-2, e despediu-se, mudo, ao terceiro jogo (4-2, derrota com o Atlanta). Correu tão bem que, uma década depois, o seleccionador (“director-técnico”) Joan Carlos Lorenzo usou o exemplo para desafiar outro jornalista maçador (Dante Panzeri), a orientar a selecção no lugar dele.

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