Ler e reler Agustina Bessa-Luís

Projectando-se no futuro, a escritora antevê a “etapa das raposas”, mais explicitamente “a da excomunhão da ignorância”. A “sabedoria” há-de abrir muitas outras janelas aos futuros leitores.

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Agustina Bessa-Luís paulo ricca/arquivo

Em 1986, entrevistada por Artur Portela, Agustina Bessa-Luís explica ter percorrido “três etapas” na sua carreira literária. A primeira é a “etapa da apresentação”, na qual participam “todos os recursos da linhagem e da ambição escolar”. A autora fala no “tempo dos contos triunfalistas, de verbo exuberante”, que vai até Os Incuráveis (1986), com uma focalização em A Sibila, o romance que a revelou ao meio literário da época, pois com ele ganhou em 1953 o Prémio do Romance Delfim Guimarães. A exuberância que caracteriza esta etapa permanecerá activa nas etapas seguintes, de tal forma que Agustina se assumirá como uma escritora (neo) barroca.

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