Presidente da FIFA defende Qatar: “Sinto-me árabe, gay, deficiente”

Gianni Infantino apontou baterias ao discurso que tem posto em causa a decisão de organizar o Mundial 2022 e lamenta “lições de moral” dos europeus.

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Gianni Infantino em conferência de imprensa, em Doha Reuters/MATTHEW CHILDS

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, apontou neste sábado o dedo aos críticos da organização do Mundial no Qatar e fez um discurso impactante de defesa do país organizador do torneio que terá início no domingo.

“Depois do que fizemos nos últimos 3000 anos, nós, europeus, devíamos pedir desculpa pelos próximos três 3000 anos, antes de começar a dar lições de moral a alguém”, apontou o dirigente, numa conferência de imprensa em Doha.

Acusando de “hipócritas” todos os que criticam o actual Campeonato do Mundo, Infantino afirma que “o que está a acontecer é profundamente injusto”. “Hoje sinto-me catari, sinto-me árabe, sinto-me africano, sinto-me gay, sinto-me deficiente, sinto-me trabalhador migrante… sinto-me tudo ao mesmo tempo”, elencou.

Por último, Infantino desvalorizou a recente decisão do Governo do Qatar de proibir a venda de bebidas alcoólicas junto aos estádios, uma mudança de rumo na véspera do arranque da prova. “Pessoalmente, acho que podemos sobreviver três horas sem beber uma cerveja. Seja em Espanha, em França ou na Escócia”.

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