Mundial 2022: França vai apoiar ONG dedicadas aos direitos humanos

Apoio será disponibilizado através de um fundo designado “Geração 2018”.

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EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Os futebolistas da selecção francesa manifestaram nesta terça-feira a intenção de apoiar financeiramente organizações não-governamentais (ONG) dedicadas à protecção dos direitos humanos e expressaram a “recusa de todas as formas de discriminação”, a poucos dias do início do Mundial 2022.

Em carta publicada nas redes sociais, os jogadores da equipa campeã mundial reconhecem o “contexto conturbado” que rodeia o torneio, cuja fase final se vai realizar no Qatar, entre 20 de Novembro e 18 de Dezembro, e que contará com a participação de Portugal.

“Cada um de nós deve fazer a sua parte”, defenderam os futebolistas convocados pelo seleccionador Didier Deschamps, juntando a voz à de outras selecções que já se manifestaram contra violações dos direitos humanos no Qatar, como a Austrália, Dinamarca e Estados Unidos.

O apoio será disponibilizado através de um fundo designado “Geração 2018”, em referência ao título conquistado pela França no Mundial 2018, na Rússia, criado há alguns meses e “destinado a financiar acções de impacto social”.

Os “bleus” têm mantido alguma reserva relativamente à questão dos direitos humanos no Qatar, designadamente, as más condições de vida dos trabalhadores que construíram as infra-estruturas do Mundial 2022 e os estádios onde se vão disputar os jogos, em particular.

“A nossa paixão não deve ser motivo de mal-estar de outras pessoas”, advertiram os jogadores seleccionados para representar a França, apesar de a FIFA já ter pedido aos participantes na prova para se “concentrarem no futebol” e evitarem cair em “combates ideológicos ou políticos”.

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