Amorim insistiu seis vezes: a resposta à crise do Sporting é “ganhar jogos”

O líder da equipa sportinguista considera normal a contestação de alguns adeptos.

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Rúben Amorim LUSA/HUGO DELGADO

Rúben Amorim, treinador do Sporting, frisou nesta quinta-feira que “ganhar jogos” é a única forma de dar a volta à “crise” de resultados na I Liga portuguesa de futebol e lembrou que “ainda há muito para ganhar” nesta época.

Em conferência de imprensa de antevisão do encontro com o Estoril, realizada em Alcochete, Rúben Amorim conduziu as suas respostas quase sempre para a mesma ideia, que repetiu pelo menos seis vezes em resposta a diferentes questões, e colocou como objectivo para a época “ganhar todos os jogos e fazer as contas no fim”.

“Ainda há muitas competições em jogo, a maioria ainda não começou, portanto temos muito para ganhar, sabendo da diferença pontual para o primeiro classificado e até para as equipas que estão lá juntamente com o primeiro. A única forma de dar a volta a isso é ganhar jogos”, começou por apontar o técnico dos “leões”.

Segundo Amorim, só “ganhando jogos” é que os “verde e brancos” conseguem “dar a volta à crise” e “sacudir” um pouco a contestação, que considerou “normal” num clube da dimensão do Sporting.

“Ganhando os jogos, voltamos a dar a volta à crise. É normal, trabalhamos num clube muito grande, muito exigente, que já passou por estes momentos. Já ganhámos títulos, já vendemos jogadores, agora vamos tentar dar a volta a um momento mau. Talvez fosse a única coisa que faltasse. A forma de dar a volta a isso é ganhar jogos e é começar já pelo Estoril [Praia]”, insistiu.

Para isso, o técnico vai continuar a não contar com os lesionados Daniel Bragança e Paulinho, que “está quase a recuperar”, mas volta a ter Pedro Porro disponível, após cumprir castigo frente ao Desportivo de Chaves, e revelou que vai convocar o reforço Sotiris Alexandropoulos para permitir a Mateus Fernandes jogar pela equipa B.

O técnico, no entanto, não revelou se vai voltar a apostar em Pedro Gonçalves no meio-campo, mas considerou que essa opção “correu bem” na última jornada e mostrou-se “contente por ter várias opções” para os próximos jogos.

“O Pote [Pedro Gonçalves], em princípio, vai variar de jogo para jogo, lembrando que temos dois jogos por semana quase até ao Mundial. É impossível manter o mesmo “onze” e as dinâmicas têm de ser diferentes consoante o jogo. E é isso que vamos fazer já com o Estoril [Praia]”, admitiu.

A conferência de imprensa, de resto, focou-se muito mais noutros temas, para além do encontro da quinta jornada da I Liga, mas Amorim “conseguiu” ainda “relembrar que o Estoril [Praia] tem uma excelente equipa, de miúdos muito talentosos”.

“Não vai ter responsabilidade nenhuma no jogo. Tem mais três pontos do que o Sporting e ganhando pode ficar a seis de vantagem. E nós, como clube grande, temos de conviver bem com isso, com naturalidade, temos de voltar às vitórias”, definiu.

O Sporting visita o Estoril na sexta-feira, em encontro da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol com início marcado para as 21h15, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, e arbitragem de Manuel Oliveira, da Associação de Futebol do Porto.

A equipa orientada por Ruben Amorim procura regressar aos triunfos no campeonato, após duas derrotas consecutivas, frente ao FC Porto (3-0) e ao Desportivo de Chaves (2-0) que a “atiraram” para o 13.º lugar, a oito pontos do líder, o Benfica.

Já Nélson Veríssimo, treinador do Estoril, não valoriza a fase menos positiva que o Sporting atravessa e aguarda um adversário poderoso: “Os resultados mais recentes que a equipa do Sporting tem feito não nos dizem muito, porque sabemos que a sua equipa vai tentar dar uma resposta relativamente a esses dois resultados”.

Veríssimo fez ainda questão de lembrar as muitas entradas e saídas que o plantel do Estoril sofreu da época passada para a actual: “Estamos a falar de 16 jogadores que saíram, 15 que temos a entrar... portanto são mexidas profundas no plantel e neste momento este não está fechado. Alguns jogadores vão chegando e naturalmente vão tendo o seu tempo para se adaptarem a uma nova realidade.”

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