Annemiek van Vleuten conquista a Volta a França feminina

Nas contas finais da geral, ninguém chegou perto da ciclista da Movistar, que acabou com 3m48s de vantagem para Vollering, enquanto a polaca Katarzyna Niewiadoma (Canyon-SRAM) fechou o pódio, a 6m35s.

Foto
Van Vleuten em acção no Tour EPA/JEAN-CHRISTOPHE BOTT

A ciclista neerlandesa Annemiek van Vleuten (Movistar) conquistou neste domingo a Volta a França feminina, após uma oitava e última etapa em que estampou a sua autoridade e superioridade com nova vitória.

Depois do triunfo no sábado em Le Markstein, foi com a camisola amarela que se impôs pelo segundo dia seguido, ao cumprir os 123,3 quilómetros entre Lure e a Super Planche des Belles Filles à frente da compatriota Demi Vollering (SD Worx), segunda, a 30 segundos, e da italiana Silvia Persico (Valcar-Travel & Service), terceira, a 1m43s.

Nas contas finais da geral, ninguém chegou perto da ciclista da Movistar, que acabou com 3m48s de vantagem para Vollering, enquanto a polaca Katarzyna Niewiadoma (Canyon-SRAM) fechou o pódio, a 6m35s.

Um ataque nos últimos seis quilómetros, quando já faltavam as pernas a todas as adversárias, permitiu ao cume da Super Planche ver chegar na frente a “campeoníssima”, que junta este título a quase uma centena de outras vitórias.

Van Vleuten, de 39 anos, juntou a Volta a Itália deste ano ao Tour com uma exibição autoritária, num percurso que marcou o regresso da “Grande Boucle”, depois de tentativas entre os anos 1980 e os 2000, de várias corridas de um dia, com uma edição reforçada que ajudou a promover o ciclismo feminino.

Duas vitórias na alta montanha, a fechar, consagraram a neerlandesa, primeiro com um ataque histórico e depois com nova demonstração de força na Super Planche des Belles Filles, que o esloveno Tadej Pogacar ajudou a popularizar em tempos recentes.

Prata na prova de fundo de Tóquio 2020 e ouro no “crono”, soma ainda oito medalhas em Mundiais de estrada, três de ouro, mais uma em Mundiais de pista, e um ouro em campeonatos da Europa.

É quase fastidioso ler a lista de resultados importantes que alcançou, de três vitórias no “Giro Rosa”, em 2018, 2019 e 2022, com 13 etapas conquistadas, uma série de outras provas por etapas, duas Voltas à Flandres, duas Liège-Bastogne-Liège, uma delas este ano, duas Strade Bianche e uma infinidade de outros triunfos, com quase 100 listados na carreira profissional ao longo dos anos - e a história só terminará no fim de 2023, um ponto final já anunciado.

Neste Tour, o domínio foi tal que nem precisou do contra-relógio no traçado, uma especialidade na qual é campeã mundial e olímpica, o que poderia aumentar ainda mais a vantagem para Demi Vollering, que levou a classificação da montanha como “consolo”, e o resto do pelotão.

A neerlandesa Marianne Vos (Jumbo-Visma) venceu a classificação por pontos, com outra ciclista dos Países Baixos, Shirin van Anrooij (Trek-Segafredo), a vencer a juventude.

Sugerir correcção
Comentar