A Jumbo está a cair aos pedaços na Volta a França

Em poucas horas, Primoz Roglic foi para casa para recuperar de lesões antigas, Steven Kruijswijk seguiu-lhe o rasto por uma queda na etapa deste domingo e o próprio Jonas Vingegaard chegou a sentir a dureza do asfalto — ainda que aparentemente sem sequelas.

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Jonas Vingegaard caiu e teve de trocar de bicicleta nesta etapa DR

Os últimos dias de Volta a França, desde que Jonas Vingegaard chegou à camisola amarela, adensaram a dúvida sobre que tipo de estratégia pode permitir a Tadej Pogacar recuperar 2m22s para o líder.

Até pela incapacidade de fazer descolar Vingegaard no “mano a mano”, as conclusões têm sido mais ou menos unânimes: ou Pogacar inventa uma estratégia louca e fora do comum (eventualmente um ataque à distância) ou a equipa Jumbo fica destruída e Vingegaard é obrigado a responder ele próprio a tudo o que a Emirates fizer.

Este segundo cenário começou, neste domingo, a ganhar forma. Na etapa 15, uma queda a cerca de 60 quilómetros da meta envolveu dois Jumbo e obrigou Steven Kruijswijk a abandonar a prova.

Já nesta manhã a Jumbo tinha mandado Primoz Roglic para casa, para curar as lesões e iniciar a preparação da Vuelta. Em poucas horas, Jonas Vingegaard ficou sem dois trepadores de excelência (ainda que Roglic estivesse bem abaixo do exigível) e sobra apenas um domestique e meio para a alta-montanha: um é o trepador Sepp Kuss e o “meio” é Wout van Aert, que apesar de ser um velocista já se mostrou capaz de ajudar a preceito seja em que terreno for.

Soam, portanto, os alarmes na equipa neerlandesa, que está a cair aos pedaços e ainda apanhou outro susto poucos minutos após a queda de Kruijswijk: também Jonas Vingegaard foi ao chão, ainda que aparentemente sem sequelas – apenas cortou a meta com a camisola amarela rasgada e algo suja na zona do ombro esquerdo.

Toda esta acção infeliz acabou por ser o principal motivo de interesse de uma etapa maioritariamente plana e destinada a um final ao sprint – até porque a fuga do dia, de apenas dois elementos, nunca pareceu forte o suficiente para impedir o pelotão de a controlar tranquilamente.

No final ao sprint na chegada a Carcassone, o triunfo sorriu a Jasper Philipsen (Alpecin), que finalmente venceu neste Tour. Quem ficou em segundo lugar? Não é difícil adivinhar. Foi Wout van Aert, que apesar de já ter ganho duas etapas, somou agora o quarto segundo lugar nesta prova.

Nesta segunda-feira os ciclistas vão gozar o último dia de descanso, antes da última semana da prova, de “ataque” triplo aos Pirenéus, a duas etapas planas e a um contra-relógio.

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