Verstappen assume liderança do Mundial de Fórmula 1 em Barcelona

Piloto neerlandês venceu o GP de Espanha, aproveitando a desistência de Charles Leclerc, com a Red Bull a conseguir a segunda “dobradinha” da temporada.

O Mercedes de George Russel liderou os Red Bull de Verstappen e Pérez
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O Mercedes de George Russel liderou os Red Bull de Verstappen e Pérez EPA/Alejandro Garcia
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Reuters/ALBERT GEA

Max Verstappen (Red Bull) venceu, este domingo, o Grande Prémio de Espanha, em Barcelona - sexta prova de 22 do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 -, ascendendo à liderança do Mundial de pilotos, com 110 pontos, mais seis do que Charles Leclerc, que abandonou a corrida com problemas no motor do Ferrari. A Red Bull repetiu a “dobradinha” de Ímola, assumindo igualmente o comando do campeonato de construtores.

George Russel (Mercedes) garantiu novo pódio, enquanto Carlos Sainz (Ferrari) salvou a honra da Ferrari, terminando em quarto depois de uma luta com Lewis Hamilton (Mercedes) na última volta.

O início foi ingrato para Hamilton, atirado para a cauda do pelotão por Kevin Magnussen (Haas), que bateu no britânico e foi à gravilha, caindo igualmente para os últimos lugares. Hamilton tentava aproveitar o mau arranque de Carlos Sainz (Ferrari) para seguir com o quarteto da frente, acabando por ver a corrida comprometida, ao ponto de sugerir o abandono para poupar o motor.

Sainz acabaria por confirmar a tarde infeliz, com uma saída de pista na curva 4. Max Verstappen imitou o espanhol na mesma curva, caindo para quarto após uma ida à gravilha, o que revolucionou a corrida, deixando Charles Leclerc isolado na liderança, com George Russel em segundo e Sergio Pérez (Red Bull) em terceiro.

Com o mexicano a optar por uma ida tardia às boxes, Verstappen colou-se a Russel, mas um problema no DRS manteve o neerlandês em terceiro e em desespero. A Red Bull teria pouco depois um dilema para resolver, com Pérez a pedir autorização para ultrapassar Max Verstappen, já que tinha pneus mais frescos e o DRS a funcionar, o que permitiria ir à procura de Leclerc.

A desistência do monegasco, com problemas na unidade de energia do motor, agilizou a decisão, com Verstappen a colocar pneus macios, deixando caminho livre a Pérez para ir em busca do comando da corrida, o que o mexicano cumpriu sem problemas.

Com Leclerc de fora, a Red Bull lembrou Pérez que Verstappen estava numa estratégia diferente, sugerindo que não atrapalhasse o neerlandês, o que o mexicano cumpriu depois de um desabafo, embora o triunfo de Verstappen se afigurasse como inevitável.

Hamilton ia trepando na classificação, registando até a volta mais rápida e entrando nos pontos, tal como a Mercedes antecipara, chegando a rodar em quinto antes de cair para oitavo depois da última ida às boxes, para regressar ao quinto posto (atrás dos Red Bull, de Russel e de Sainz) com a volta mais rápida (assegurada por Pérez no final), depois de passar por Valtteri Bottas (Alfa Romeo), que caiu de quarto para sexto, fruto de uma estratégia errada.

Hamilton mostrou a cinco voltas do fim que poderia ter tido uma palavra a dizer em Barcelona, onde venceu por seis vezes, chegando ao quarto lugar, por troca com Carlos Sainz, que não resistiu à ponta final do inglês até a Mercedes pedir a Hamilton para abdicar da posição por causa do sobreaquecimento do W13.

Lewis foi eleito piloto do dia, garantindo uma injecção de moral para o futuro, com Totto Wolf a sublinhar que Hamilton foi o piloto mais rápido em prova, colocando-o mesmo no primeiro lugar virtual, descontando o tempo recuperado depois de ter caído para penúltimo à diferença para Verstappen no final.

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