Barcelona interrompe absolutismo português no futsal

Os catalães derrotaram em Riga, na Letónia, o Sporting na final da Liga dos Campeões de futsal.

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UEFA

O domínio de Portugal na modalidade era absoluto, mas o Barcelona colocou neste domingo um travão ao absolutismo português no futsal. Campeão Mundial e Europeu de selecções, Portugal voltou a ter pela quinta vez em seis anos o Sporting como seu representante na final da mais importante prova de clubes da UEFA, mas, desta vez, não se repetiu a proeza “leonina” da última época. Tal como tinha acontecido em Zadar, no ano passado, o Sporting chegou ao intervalo a perder por 0-2, mas, em Riga, não houve reviravolta. Com um triunfo, por 4-0, o Barcelona recupera o título que tinha vencido em 2020.

Na capital da Letónia, o Sporting até entrou ligeiramente melhor na partida na Arena Riga, mas ao meio da primeira parte já tinha quatro faltas assinaladas e dois jogadores com cartões amarelos. Com o jogo sempre equilibrado, o Barcelona teve uma prestação em crescendo nos primeiros 20 minutos e, na melhor fase dos catalães no primeiro período, a equipa do internacional português André Coelho, que venceu pela primeira vez a prova, chegou à vantagem: aos 15m16s, Lozano surgiu descaído na esquerda, e, com um toque subtil, o capitão do Barcelona colocou a bola por cima da cabeça de Guitta.

Pouco depois, a 1m25s do intervalo, o Sporting perdeu a bola ainda no seu meio campo e Pito aproveitou para fazer o sétimo golo em oito jogos na Champions.

Tal como há um ano, na Croácia, os “leões” chegavam a meio do jogo decisivo na Liga dos Campeões de futsal a perder por 0-2 com o Barcelona, mas, o que podia ser um bom prenúncio, tornou-se numa enorme montanha para escalar apenas 27 segundos após o início da segunda parte: Ferrão foi isolado por Ortiz e, na cara de Guitta, dominou com o pé esquerdo, rematando de imediato com o direito. A bola ainda bateu no poste, mas entrou na baliza sportinguista.

Com mais de 19 minutos para jogar, o Sporting ainda tinha muito tempo para conseguir o que o Barcelona tinha conseguido na meia-final frente ao Benfica - recuperar de uma desvantagem de três golos -, mas, mesmo correndo riscos e apostando no 5x4 (Alex Merlim como guarda-redes avançado), os “leões” nunca encontraram soluções para ultrapassar a competente defesa espanhola e, a menos de dois minutos do final, foi Didac Plana, guarda-redes do Barcelona, que fez o último golo, fixando o resultado final em 4-0, e confirmando a quarta conquista catalã da Champions de futsal.

Após o jogo, Nuno Dias, treinador do Sporting,qualificou o jogo como “estranho”. “Penso que o resultado é exagerado e absurdo. Os números não espelham o que aconteceu no jogo. Os jogadores devem continuar a trabalhar para voltarmos para o ano, referiu o técnico.

Antes da final, também na Arena Riga, o Benfica assegurou o terceiro lugar, após bater, por 5-2 o ACCS Asnières Villeneuve, equipa francesa onde alinha Ricardinho. Num jogo onde os “encarnados” foram melhores, mas tiveram uma boa resistência da equipa da região de Paris, o Benfica apenas chegou à vantagem em cima do intervalo, com um golo de Hossein Tayebi.

Nos últimos 20 minutos, a partida manteve-se repartida até perto do final - 3-2 para o Benfica, com golos de Chishkala e Silvestre Ferreira -, mas no tudo ou nada dos franceses, Jacaré e Rafael Henmi fizeram nos últimos dois minutos os golos benfiquistas que colocaram o resultado final em 5-2.

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