Famalicão, aquele velho “amigo” do Sporting

Rúben Amorim apontou que a prioridade para o jogo frente ao Famalicão, adversário que muitos dissabores tem causado aos “leões”, é, no mínimo, manter nos seis pontos a diferença para o FC Porto, rival que defronta daqui a poucos dias.

Foto
Jogadores do Sporting treinam em Alcochete MIGUEL A. LOPES

Neste domingo, por volta das 20h30, quando André Narciso apitar para o Sporting-Famalicão (SPTV), os “leões” já saberão por que linhas devem coser-se, tendo conhecimento do resultado do Arouca-FC Porto.

Na pior das hipóteses – e a mais provável –, terão de recolocar em seis pontos a desvantagem para o FC Porto. No melhor cenário – ainda que pouco crível –, poderão deixar em apenas três a diferença para o líder, encarando de outra forma (sobretudo mental) o clássico de dia 11, no Estádio do Dragão.

“O mais importante é chegar ao Dragão, no mínimo, com seis pontos de diferença”, disse Rúben Amorim, que garantiu ainda que não vai “poupar um único jogador”, apesar de ter cinco elementos à beira da suspensão para o FC Porto, caso vejam um cartão amarelo no encontro de domingo: Palhinha, Pedro Gonçalves, Porro, Sarabia e Esgaio.

Mas por muito que possa ser útil terem o ouvido na telefonia ligada a Arouca, os “leões” terão sempre de fazer algo inédito nos últimos anos.

Desde que o Famalicão regressou à I Liga, em 2019, o Sporting nunca ultrapassou a equipa minhota em jogos de campeonato: são duas derrotas e três empates em cinco jogos.

Esse registo, que não é mais do que uma trivialidade, tem, num plano mais concreto, um dado curioso: é que nenhum desses resultados foi com o actual treinador dos minhotos.

João Pedro Sousa e Ivo Vieira já lá não estão e não foi sequer com Rúben Amorim que apareceram os tais dois triunfos famalicenses: esses foram ainda com Leonel Pontes e Jorge Silas.

Quer isto dizer que não é claro que o Famalicão, com aura de “papão” frente ao Sporting, seja necessariamente uma equipa talhada para parar os “leões”, até por duas estatísticas em particular.

O Sporting é uma equipa que gosta de explorar o espaço e o Famalicão é a quarta equipa do campeonato com mais tempo passado no último terço de campo adversário (tanto como o próprio Sporting) e é a equipa que mais golos sofreu em contra-ataques.

Depois, os minhotos são a terceira equipa com mais golos sofridos de bola parada, vertente na qual o Sporting é a segunda mais profícua.

Rui Pedro Silva, treinador do Famalicão, apontou uma ideia curiosa: que o Sporting é das equipas cujas características são mais fáceis de identificar. “O Sporting terá o jogo mais padronizado na Liga, o que, apesar de ser simples de identificar, torna a equipa mais forte”, apontou o técnico de uma equipa que venceu apenas um dos últimos dez jogos que disputou.

Sugerir correcção
Comentar