Coligação Viva Cascais diz que decisão da CNE é insólita e inconstitucional

A candidatura de Carlos Carreiras deixa ainda críticas à Iniciativa Liberal, partido que fez a queixa junto da CNE em Julho.

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Carlos Carreiras é autarca e recandidato à Câmara de Cascais Nuno Ferreira Santos

A direcção de campanha do recandidato à Câmara de Cascais e actual presidente, Carlos Carreiras (PSD), defendeu que a decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de remoção de conteúdos da sua página de Facebook é insólita e inconstitucional.

Numa nota enviada às redacções, a coligação Viva Cascais, encabeçada por Carlos Carreiras, salienta que o candidato “foi hoje confrontado com uma insólita decisão da Comissão Nacional de Eleições que “ordena a remoção”, da sua página pessoal da rede social Facebook, de todos os conteúdos que decorrem da sua actividade como presidente de Câmara eleito”.

O entendimento da CNE, defende a direcção de campanha de Carreiras, “é incompreensível à luz do bom senso e do direito”, sustentando que “passa um atestado de menoridade intelectual ao eleitorado de Cascais”. “A decisão da CNE enferma de graves inconstitucionalidades no que diz respeito ao exercício da liberdade de expressão de um cidadão que ocupa cargo de representação política e que, por inerência, desse exercício dá conta, presta contas na sua página pessoal, aos seus concidadãos”, reforça.

Carlos Carreiras vai, por isso, “endereçar pedidos de esclarecimentos urgentes ao Tribunal Constitucional, à Provedora de Justiça e ao parlamento - Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias”.

“Para terminar, e por imperativos de ordem biológica, Carlos Carreiras informa que o candidato, o presidente e o cidadão continuam a ser um só homem. Mas, para que ninguém se confunda com notas em perfis de Facebook, menos ainda os zelotas eleitorais, na sua página pessoal de Facebook, o gestor já tomou o lugar do presidente de Câmara”, ironiza.

A candidatura de Carlos Carreiras deixa ainda críticas à Iniciativa Liberal, partido que fez a queixa junto da CNE em Julho. “Ficam desmascarados os que se intitulando de liberais assumem posições iliberais, logo não democratas, seguindo as práticas estalinistas e leninistas, na tentativa antidemocrática de centralizarem e controlarem tudo e todos”, acusa.

A direcção de campanha do social-democrata acrescenta que “esta atitude iliberal só consegue ter explicação por se tratar de um partido que em Cascais só existe no Facebook e, ainda assim, com muito pouca expressão, sem qualquer relevância na comunidade de Cascais”.

O actual executivo de Cascais é formado por seis vereadores (inclui o presidente) da coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP), quatro do PS e um da CDU (coligação PCP-PEV). As eleições autárquicas estão agendadas para 26 de Setembro.

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