Covid-19. Atingida meta de ter 70% da população adulta de Portugal vacinada com pelo menos uma dose

Foram administradas mais de 9,5 milhões de doses em Portugal. Quase 4 milhões de adultos estão totalmente vacinados.

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Daniel Rocha

O objectivo de ter 70% da população adulta vacinada com pelo menos uma dose contra a covid-19 em Portugal foi atingido esta sexta-feira, informou o gabinete da ministra da Saúde este sábado. 

“A meta de ter 70% da população adulta vacinada contra a covid-19, com pelo menos uma dose, foi ontem atingida, antecipando o compromisso já assumido por Portugal de ter 70% da sua população adulta vacinada até ao Verão”, lê-se em comunicado.

“Este marco está em linha com o anúncio de hoje [sábado] da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que a União Europeia (UE) atinge, este fim-de-semana, o seu objectivo de ter doses suficientes para vacinar 70% da sua população adulta.”

O Governo nota ainda que “o país cumpre, assim, o segundo dos compromissos assumidos em Janeiro de 2021.” “Recorde-se que, em Março, Portugal já tinha atingido o objectivo de vacinar 80% das pessoas com mais de 80 anos e 80% dos profissionais de saúde, também alinhado com as metas da Comissão Europeia.”

O comunicado adianta ainda que até esta sexta-feira “já tinham sido administradas, em Portugal continental, 9.504.206 vacinas.” “Estas permitiram vacinar, com pelo menos uma dose, mais de 5,8 milhões de pessoas com 18 ou mais anos, que no limite de um mês, terão o esquema vacinal completo. Ao momento, já quase 4 milhões estão totalmente vacinados”, lê-se ainda.

“Este marco só foi possível graças ao compromisso e esforços de todos os profissionais de saúde envolvidos nesta campanha de vacinação”, refere ainda o gabinete da ministra da Saúde.

Maior oferta de vacinas permitiu acelerar ritmo de vacinação​

Uma maior oferta de vacinas permitiu ao país aumentar o ritmo e atingir esta meta. “Dissemos desde o início que o ritmo de vacinação seria o ritmo a que as vacinas chegassem a Portugal. Até agora, conseguimos isso. O aumento do ritmo, que, como é evidente, exige um esforço maior, tem sobretudo a ver com o maior número de vacinas que está a chegar ao país neste momento”, disse à agência Lusa o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.

Louvando um “trabalho conjunto de múltiplas instituições”, entre autarquias, Forças Armadas e o Ministério da Administração Interna, o governante insistiu que “o ritmo dependerá sempre daquilo que é a chegada das vacinas” e que “o ritmo será mantido ou até aumentado se necessário for, embora isso não seja previsível, dado o calendário expectável de chegada das vacinas a Portugal”.

“A segunda dose de vacina será sempre dada no tempo recomendado”, garantiu Serras Lopes, esclarecendo que as vacinas da Pfizer e da Moderna têm um tempo de quatro semanas após a toma da primeira dose, as da AstraZeneca estão neste momento com oito semanas e as da Johnson & Johnson só têm uma dose. “Esses prazos serão sempre cumpridos”, afirmou.

Na nota enviada esta tarde à comunicação social, o Ministério da Saúde valorizou a “grande adesão demonstrada pelos portugueses”, ideia reforçada pelo secretário de Estado, que tem a esperança de que o “entusiasmo em tomar a vacina” seja “para continuar”.

“O objectivo é continuar a vacinar ao ritmo que for possível dada a chegada de vacinas até alcançarmos os números mais altos possíveis. Não sabemos qual o limiar da imunidade de grupo e isso só será possível saber depois de estudos que serão necessariamente realizados com o tempo, mas sabemos que mais vacinas é melhor. Assim, vacinaremos todas as pessoas que for possível para conseguirmos sair desta situação”, concluiu.

A evolução em Portugal no plano de vacinação contra a covid-19 coincide com a do anúncio feito este sábado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que a União Europeia receberá até domingo doses suficientes para vacinar 70% dos seus adultos.

Notícia actualizada às 20h53 com declarações de Diogo Serras Lopes

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