Task force antecipa vacinação em lares

Fonte da task force que coordena a logística da vacinação adiantou que a Segurança Social identificou cerca de 8600 pessoas por vacinar nos lares de idosos, entre utentes e funcionários destas estruturas.

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“No que toca a contratações, devem admitir-se aqueles que estão vacinados”, diz o presidente da CNIS Daniel Rocha

Os idosos e funcionários dos lares que estiveram infectados há mais de três meses vão ser vacinados contra a covid-19, antecipando para metade o prazo previsto para receberem a vacina, anunciou esta terça-feira a task force da vacinação.

Fonte da estrutura que coordena a logística da vacinação adiantou que a Segurança Social identificou cerca de 8600 pessoas por vacinar nos lares de idosos, entre utentes e funcionários destas estruturas.

Deste universo de 8600 pessoas, cerca de 4500 estiveram infectadas, tendo recuperado da doença covid-19, “não tendo por essa razão sido vacinadas”, enquanto 2500 já se encontram vacinadas com pelo menos uma dose, referiu a mesma fonte.

“Em virtude do risco acrescido da maioria deste universo, face à sua idade avançada, a task force e a Direcção-Geral de Saúde (DGS) avaliaram ser prudente abrir-se uma excepção ao previsto na norma 002/2021 e proceder à vacinação de todos os funcionários e utentes que foram infectados há mais de 3 meses (e não 6 meses) “, adiantou a estrutura liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.

A norma da DGS indica que as pessoas que recuperaram de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 há pelo menos seis meses podem ser vacinadas, mas receberão apenas uma dose de vacina, tendo em conta que, por já terem tido a doença, têm uma imunidade natural considerada boa.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, disse esta terça-feira que não se devia esperar seis meses para vacinar pessoas recuperadas da covid-19, defendendo que esse período deveria ser reduzido para três meses.

“Eu não sou perito na área, mas gostaria que não estivéssemos à espera dos seis meses [para vacinar recuperados]. Gostaria que fosse à volta dos três meses porque seria uma medida preventiva que daria algum conforto”, considerou Lino Maia à Lusa.

O presidente da CNIS disse recear uma nova vaga de surtos nos lares portugueses “porque o estar vacinado não quer dizer que se esteja absolutamente imunizado, e também porque ainda há pessoas por vacinar, entre utentes e trabalhadores, pelo que há alguma fragilidade”.

Em relação aos trabalhadores não vacinados nos lares, Lino Maia considerou “que são poucos”, mas que “as instituições devem, se possível, colocá-los em actividades que não impliquem interacção com utentes”. “Mesmo no que toca a contratações, devem admitir-se aqueles que estão vacinados” em detrimento dos que não estão, defendeu.

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