Jerónimo de Sousa elogia Constituição como “um dos mais belos textos do mundo”

Líder do PCP alerta para os “inimigos” da Lei fundamental no dia em que se assinalam 45 anos da aprovação no Parlamento

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Jerónimo de Sousa foi deputado da Assembleia Constituinte LUSA/ESTELA SILVA

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, dá “vivas” à Constituição portuguesa e alerta para os “inimigos declarados e dissimulados” que o texto teve desde que foi aprovado há 45 anos no Parlamento, data que se assinala hoje.

“A Constituição teve desde o momento da sua construção inimigos declarados, mas também inimigos dissimulados como se tornou evidente no decorrer destes 45 anos da sua vigência. As forças conservadoras e retrógradas, políticas e sociais, os grandes interesses económicos e financeiros, nunca se conformaram, até aos nossos dias, com o seu projecto libertador e emancipador, afirma Jerónimo de Sousa numa declaração gravada em vídeo e enviada à comunicação social.

O líder comunista cita Álvaro Cunhal para lembrar que a Constituição aprovada é um “testemunho da História e fiel retrato da revolução portuguesa” e aponta essa redacção original como “um dos mais belos e progressivos textos constitucionais do mundo”.

 Jerónimo de Sousa, que foi deputado constituinte, assinala que a Constituição “enfrentou cíclicas ofensivas que a mutilaram e empobreceram em várias áreas e relevantes aspectos”, numa “ofensiva” que “nos tempos que correm, procura reganhar força para consumar os seus objectivos de sempre”.

Rejeitando que tenha sido a Lei fundamental a impor as opções governativas que “conduziu o país à crise, à regressão económica e social, que o tornou mais dependente”, Jerónimo de Sousa sustenta que a Constituição “continua a ser garante de importantes direitos políticos, económicos sociais e culturais dos trabalhadores e do povo” e que a sua defesa “há-de ser sempre obra do povo que a inspirou e construiu com a sua luta”.

O secretário-geral do PCP termina a declaração com uma saudação: “Sim, que viva a Constituição da República! Que vivam os valores de Abril”.

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