Quando o contexto se perde e as tribos entram em choque

Cresceram com presença pública nas redes sociais. Agora, a fadiga sobrepõe-se. Estarão os mais jovens a limitar demasiado a decisão de expressar ou conter opiniões nas redes sociais?

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Inês Relvas afastou-se do Facebook, mas não abdica de partilhar momentos mais pessoais: fá-lo mais no Instagram, onde escolhe manter o perfil privado e só aceita pedidos de amigos e pessoas que conhece Nuno Ferreira Santos

Quando partilha conteúdos em sites de redes sociais, quem imagina que o irá ler? Muitos jovens cresceram com presença pública online, aprendendo a ser cautelosos sobre a forma como se apresentam perante múltiplas audiências que é preciso gerir. Para Inês Relvas, de 30 anos, a palavra-chave é “curadoria”. Trabalha na consultora BCG, o que a leva a ter mais cuidado com as partilhas que faz publicamente. Criou conta no Facebook em 2009, quando esteve em Erasmus. “Desde que comecei a trabalhar, comecei a tornar muitas coisas privadas no meu perfil.” Foi deixando temas da sua área profissional para o LinkedIn. Nos últimos anos afastou-se do Facebook, mas não abdica de partilhar momentos mais pessoais: fá-lo mais no Instagram, onde escolhe manter o perfil privado e só aceita pedidos de amigos e pessoas que conhece. Inês tenta também contrariar a tendência de partilhar apenas coisas boas: prefere um tom “realista”, em que também cabem os dias menos bons.

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