Houve vitória, mas ainda não houve exibição

Um golo solitário bastou para o Sporting vencer o Rosenborg na Liga Europa. Foi o regresso aos triunfos após a derrota e eliminação da Taça de Portugal. Contestação só no final, para Varandas.

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Reuters/PEDRO NUNES

O Sporting conseguiu nesta quinta-feira o mais importante, frente ao Rosenborg, em jogo da terceira jornada do Grupo D, da Liga Europa. Na ressaca de uma derrota frente ao Alverca, emblema do terceiro escalão do futebol português, e que ditou uma eliminação prematura da Taça de Portugal, e de dias de desentendimento entre as principais claques do clube e a direcção “leonina”, a equipa agora orientada por Silas venceu por 1-0. Uma vitória pela margem mínima e sem grande brilhantismo. Mas talvez não fosse justo pedir mais do que isso à equipa sportinguista neste momento.

Silas promoveu sete alterações em relação ao “onze” de Alverca e a equipa melhorou, como era de esperar. Mas não tanto quanto os adeptos gostariam. Com a Juve Leo e o Directivo nas bancadas mas sem adereços face ao corte de apoio por parte da direcção “leonina” só se escutou contestação após o fim do jogo, com pedidos de demissão ao presidente Frederico Varandas. Antes disso, homenagem ao falecido Rui Jordão e muito apoio a uma equipa que não jogou bem mas ganhou, que era o mais importante nesta fase.

Os primeiros 45 minutos mostraram um Sporting com muita posse de bola (61% vs 39%) mas pouca imaginação para fazer qualquer coisa de útil com ela. E depois de um primeiro quarto de hora sem qualquer lance de perigo, os sportinguistas incomodaram pela primeira vez a baliza adversária na sequência de um centro de Acuña para a cabeça de Luiz Phellype, que viu a bola desviar no braço de um defesa. Jogada merecedora de penálti que o árbitro não assinalou.

Pouco depois, de livre, o Sporting esteve quase a marcar, mas Bruno Fernandes acertou na barra. Foi o lance mais perigoso dos “leões” em todo o primeiro tempo, naquela que era a melhor fase “leonina” e, durante a qual, Vietto, de cabeça, obrigou André Hansen a uma defesa apertada.

Do Rosenborg pouco ou nada se viu. As bolas paradas eram os momentos em que a equipa norueguesa tentava assustar e, num canto, Coates quase regressou aos autogolos - ao tentar afastar a bola, o central enviou-a contra o corpo de Doumbia. Valeu ao uruguaio e ao Sporting, a barra da baliza à guarda de Renan.

A segunda parte foi parecida, com o Sporting a ter mais tempo a bola, embora o Rosenborg tenha aparecido mais vezes perto da área do Sporting. Só que estes noruegueses são mesmo fraquinhos e percebe-se por que razão ocupam o quarto lugar da liga norueguesa – estão a 15 pontos do líder e fora dos lugares de acesso às competições europeias – e não ganham um jogo na Liga Europa desde 2014 – já são 13 partidas sem festejar.

Silas resolveu então injectar sangue novo na equipa e trocou um apagado Luiz Phellype por Pedro Mendes. E, pouco depois, o jovem avançado português esteve no lance do golo “leonino”. Uma jogada em que os homens do Rosenborg tocaram mais vezes na bola do que os sportinguistas – cruzamento de Vietto a desviar num primeiro defesa norueguês e depois Bolasie, com Pedro Mendes a incomodar os opositores, a saltar mais alto do que os adversários e a cabecear para a baliza, com a bola a ser ainda desviada primeiro por um defesa e depois pelo guarda-redes do Rosenborg antes de entrar na baliza.

Em vantagem no marcador, o Sporting passou a resguardar-se mais e nunca mais criou perigo. Silas preferiu segurar a vantagem curta, fazendo alterações para reforçar a seu sector mais recuado. Primeiro tirou Vietto para fazer entrar Borja, depois fez sair Wendel para colocar Eduardo. E a verdade é que os “leões” seguraram a curta mas preciosa vitória, apesar de algum sufoco nos instantes finais.

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