Vencedores da World Press Photo em exposição no Museu de História Natural

Mostra com os 140 trabalhos distinguidos este ano pela Fundação World Press Photo é inaugurada esta sexta-feira em Lisboa. Fica aberta ao público desde este sábado até ao dia 19 de Maio.

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Crying girl on the border é a Fotografia do Ano John Moore/ Getty Images
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Trabalho Living Among What's Left Behind, premiado na categoria Ambiente Mário Cruz

A exposição com as 140 fotografias vencedoras da 62.ª edição do World Press Photo é inaugurada esta sexta-feira, às 18h, e abre ao público no sábado no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa.

Nesta exposição – cuja inauguração, hoje, é apenas para convidados – do maior prémio internacional de fotojornalismo, estarão em exibição imagens captadas por 43 fotógrafos, oriundos de 25 países, de acordo com a revista Visão, que organiza a mostra em parceria com a Fundação World Press Photo.

Entre os premiados está a imagem do fotojornalista português Mário Cruz, premiado na categoria Ambiente, com o título Living Among What's Left Behind (Viver entre o que foi deixado para trás), resultado de um projecto desenvolvido a título pessoal sobre comunidades de Manila, nas Filipinas, que vivem sem saneamento e rodeadas de lixo. A imagem vencedora mostra uma criança que recolhe materiais recicláveis deitada num colchão rodeado por lixo que flutua no rio Pasig, declarado biologicamente morto na década de 1990.

Quanto à fotografia do ano do World Press Photo 2019, é Crying girl on the border, da autoria do norte-americano John Moore, e foi captada em 12 de Junho de 2018, mostrando uma menina hondurenha a chorar quando a mãe é revistada e detida próximo da fronteira dos Estados Unidos com o México, em McAllen, no Texas. A imagem, que valeu ao fotógrafo norte-americano um prémio de 10 mil euros, foi capa da revista Time, e gerou a contestação ao programa do Presidente norte-americano, Donald Trump, relativamente à separação das famílias de imigrantes.

As fotografias vencedoras estarão expostas no antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, até 19 de Maio, todas as quintas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h, de acordo com a organização. Aos sábados e domingos, o público poderá, além de visitar a exposição principal, participar em conversas e workshops de fotografia gratuitos com fotógrafos como Arlindo Camacho, Isabel Saldanha, Luís Barra, Mário Cruz, Gonçalo F. Santos e Nuno Sá.

O fotojornalista da agência Lusa Mário Cruz, que em 2016 já tinha conquistado o primeiro lugar na categoria Temas Contemporâneos com um trabalho sobre a escravatura de crianças no Senegal, estará no sábado, 27 de Abril, à conversa com um número restrito de visitantes da exposição, a partir das 15h. O projecto de Mário Cruz, vertido para livro, também pode ser visto numa exposição patente até 26 de Maio no Palácio Anjos, em Algés.

Criado em 1955 pela organização homónima e sem fins lucrativos com sede em Amesterdão, na Holanda, o concurso World Press Photo premeia anualmente “fotografias que dão a conhecer ao público questões e momentos cruciais e fracturantes, que marcam a actualidade de povos e sociedades em todo o mundo, e que se repercutem além-fronteiras, com consequências à escala global”, sublinha a organização da exposição.

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