Miguel Oliveira chegou a cheirar os pontos na estreia em MotoGP

Corrida ganha por Dovizioso, no Qatar. Márquez e Crutchlow completaram o pódio.

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Corrida disputada em horário nocturno, no Qatar. Reuters/IBRAHEEM AL OMARI

Pouco mais se poderia pedir na estreia. Miguel Oliveira terminou em 17.º lugar a primeira corrida que fez em MotoGP, superando o objectivo de “apenas” terminar a corrida. A primeira prova da temporada acabou por “cair” para Andrea Dovizioso, com o piloto italiano a bater Marc Márquez e Cal Crutchlow.

Neste domingo, no Qatar, Oliveira arrancou da mesma 17.ª posição, mas rodou quase sempre em lugar pontuável. O português e a sua KTM foram donos do 13.º lugar, em grande parte da corrida, e conseguiram, até, manter um ritmo semelhante ao de Pol Esparagaró, dono de uma KTM de fábrica. No entanto, já dentro das últimas seis voltas, o ritmo de Oliveira caiu e o português acabou por perder posições para Andrea Iannone, Johan Zarco Jorge Lorenzo e Fabio Quartararo, perdendo, por extensão, a oportunidade de somar os primeiros pontos em MotoGP (reservados aos 15 primeiros classificados).

Apesar de sair “de mãos a abanar”, em matéria de pontos, o piloto de Almada superou o objectivo inicial para esta corrida e conseguiu mesmo um “extra”: bateu, por larga margem, o companheiro de equipa Hafizh Syarhin, que ficou no penúltimo lugar.

No final da corrida, Miguel Oliveira mostrou-se satisfeito com a potência e rendimento da moto, mas lamentou a degradação do pneu traseiro, algo que condicionou a possibilidade de chegar aos pontos. “Fiquei surpreendido com o desempenho da mota no início da corrida. Consegui manter-me dentro do grupo e defender-me”, começou por dizer, citado pela Lusa, explicando: “a sete voltas do final, o pneu de trás perdeu rendimento e ficou completamente degradado (…) foi pena, porque tinha capacidade para estar nos pontos “.

Na competição entre estreantes, Oliveira bateu “Pecco” Bagnaia, que abandonou a corrida, com problemas na sua Ducati, mas perdeu para Joan Mir – grande oitavo lugar na estreia em MotoGP – e para Quartararo, que fez uma tremenda qualificação (saiu do quinto lugar), mas teve de arrancar da via das boxes, por problemas na moto antes da volta de formação da grelha. O francês terminou no 16.º lugar, sendo o último a ultrapassar Oliveira.

Dovizioso versus Márquez, parte I

O MotoGP começou 2019 como terminou 2018: luta entre o italiano Andrea Dovizioso e o espanhol Marc Márquez.

Dovizioso, que saiu do segundo lugar, acabou por assumir a liderança logo na primeira curva (a pole position de nada valeu a Viñales, que perdeu vários lugares) e acabou por liderar a corrida a espaços, trocando várias vezes com Márquez e Alex Rins. As últimas passagens pela meta foram feitas em disputa directa com Márquez, já depois de Rins ter cometido um erro que o tirou do trio da frente. A vitória de Dovizioso surgiu por escassos metros, já dentro da recta final, batendo Márquez.

O italiano assumiu que foi uma corrida fora do normal. “Foi uma corrida estranha. Eu não tinha esta estratégia [liderar várias voltas], mas, a dada altura, percebi que seria esta a estratégia certa”, disse, entre risos, surpreendido pela mudança de planos com o decorrer da corrida.

Destaque, ainda, para o mau início de aventura de Jorge Lorenzo na Honda, terminando no 13.º lugar, e para o mau arranque de Maverick Viñales, que saiu do primeiro lugar, mas terminou apenas em sétimo. Por outro lado, Rossi - começou em 14.º e terminou em quinto - e Rins - do décimo para o quarto lugar - fizeram boas recuperações face aos resultados da qualificação.

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