Marta Soares e Bruno de Carvalho clamam vitória após decisão do tribunal

O presidente da mesa da Assembleia Geral do clube diz que tribunal deu razão aos seus argumentos, apenas não reconhecendo condições de segurança para a reunião magna. Já Bruno de Carvalho afirma que tribunal indeferiu a providência cautelar para realizar a AG de destituição no dia 23.

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Marta Soares LUSA/MÁRIO CRUZ

É apenas mais um sinal de como a actual situação que se vive no Sporting é confusa e complexa. No seguimento de uma decisão judicial relativa a uma providência cautelar interposta pela presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) do clube, Jaime Marta Soares, e que pretendia que o tribunal intimasse o Conselho Directivo a facultar as condições necessárias para a realização da assembleia geral de dia 23 de Junho, ambos os lados clamam vitória.

Marta Soares veio dizer que o tribunal reconhece que ele é, efectivamente, o presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting e que está em pleno exercício de funções. Diz ainda que a convocatória para a assembleia geral de dia 23 de Junho de 2018 foi legítima e estatutariamente efectuada e que essa AG foi convocada por quem tem legitimidade para tal. Só que o tribunal considera também que os meios solicitados para a realização da referida assembleia geral não são “adequados a acautelar que a assembleia geral se transforme num risco para a integridade física dos participantes”, indeferindo-a por isso.

E é precisamente este facto que leva o Conselho Directivo "leonino" a afirmar que o juiz lhe deu razão ao rejeitar a providência cautelar. Em comunicado, o órgão dirigido por Bruno de Carvalho escreve mesmo que o texto da decisão não podia ser mais claro: "Indefere-se liminarmente o presente procedimento cautelar".

Mas se ambos os lados clamam vitória com esta decisão judicial, ela também representa uma derrota. Para a mesa da Assembleia Geral, a rejeição representa, na prática, a impossibilidade de efectuar a pretendida assembleia geral. Daí que Marta Soares tenha reiterado o pedido ao Conselho Directivo para que este “tome as medidas necessárias para assegurar a realização da assembleia geral de dia 23 de Junho de 2018, com as medidas de segurança necessárias para que os sócios do clube possam participar e exercer os seus direitos.”

Para o Conselho Directivo a decisão judicial abala fortemente a sua argumentação relacionada com a pretensa ilegitimidade da actual mesa da Assembleia Geral. É que o tribunal reconhece que o presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting é, efectivamente, Marta Soares e que este está em pleno exercício de funções. E mais. Considera que a assembleia geral de dia 23 de Junho de 2018 foi legitimamente convocada por aquele órgão, deitando assim por terra os factos que levaram Bruno de Carvalho a avançar com uma mesa da Assembleia Geral Transitória.

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