Estão amanhadas as melhores sardinhas das festas da cidade

"Salvem as sardinhas" foi o mote para a oitava edição do concurso. Há novas vistas para Lisboa, sonhos e preocupações de pescadores pintados nas sardinhas vencedoras. E nem a escassez do peixe foi esquecida.

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O pórtico da Lisnave como “símbolo de uma paisagem da boca do rio Tejo menos pitoresca, mais contemporânea e democrática ”. Uma sardinha montada com o lixo que aparece na praia, que é uma chamada de atenção à “consciência” ambiental de cada um. Uma homenagem aos sonhos dos pescadores que giram em torno da sardinha. E, claro, um apelo à contenção da pesca se queremos sardinhas para mais anos de festas. 

Já não há santos populares em Lisboa sem a pescaria artística anual. Ainda que o mote tenha sido “Salvem a Sardinha!”, foram muitos os que morderam o isco para conseguir a melhor. As vencedoras foram conhecidas esta sexta-feira e, apesar das propostas serem dedicadas a uma festa bem portuguesa, confirmam que este é um concurso com toques de todo o mundo.

No oitavo ano de vida, as redes da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), da câmara de Lisboa, apanharam 3726 propostas, de 63 países - da Argentina à Bielorússia e dos EUA ao Japão, passando pela Nova Zelândia ou Vietname. 

Das cinco vencedoras, apenas uma tem mão nacional. É Paulo Veiga, de nome artístico Paveia, o português que lembrou o lixo que anda pelos mares e o mal que pode fazer à sardinha. Mas há também sardinhas do Brasil, da República Checa, da Itália e do Canadá, pela mão de Arthur Duarte, de 29 anos, Anna Kocová, 30 anos, Stefanos Antoniadis, 35 anos, e Boris Biberdzic, 32 anos, respectivamente. Cada um recebe um prémio no valor de dois mil euros.

Além das propostas escolhidas pelo júri, o público, através de uma votação online, escolheu mais cinco para menções honrosas. Os responsáveis por atestar a qualidade da espécie foram o artista plástico Bordalo II, a ilustradora Catarina Sobral, a locutora Joana Cruz e o “pai da sardinha”, Jorge Silva, e ainda a EGEAC. 

Para que não se desperdicem as sardinhas, nem a arte de quem lhes preencheu a silhueta, a Galeria Millenium, na rua Augusta, vai acolher uma exposição para dar a conhecâ-las. De segunda a sábado, das 10h00 às 18h00, vai poder ver o resultado da pescaria. De terça a sábado, no piso 2 da galeria, os que quiserem poderão criar o seu peixe, com a ajuda de ilustradores no Atelier Sardinha. 

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