Viana: um roteiro por meio milénio de azulejos do centro histórico

Roteiro do Azulejo tem três percursos que mostram exemplares feitos entre o século XVI e a contemporaneidade

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Maria d'almada

Três percursos, todos situados no centro histórico de Viana do Castelo, integram o Roteiro do Azulejo, apresentado pela Câmara Municipal, para mostrar exemplares feitos entre o século XVI e a contemporaneidade existentes no edificado daquele espaço urbano. A publicação, bilingue (português/inglês), é da autoria do investigador Francisco Carneiro Fernandes

"Trata-se de um mosaico vivo da cultura portuguesa multissecular que casa harmoniosamente com a talha, com o ferro forjado e com o estuque decorativo, como espelham os exemplares existentes na cidade", afirmou o especialista em azulejaria, na conferência de imprensa de apresentação do roteiro.

Presente no encontro com os jornalistas, realizado na sala dos azulejos do Museu de Artes Decorativas, a vereadora da Cultura da Câmara de Viana do Castelo desafiou os operadores turísticos a "apropriarem-se" daquele produto cultural para que "os turistas possam conhecer esta riqueza artística cidade".

"Não é a câmara que vai explorar esse potencial. Nós fizemos o trabalho e, a partir agora, colocamos à disposição. Terão que ser os operadores turísticos a fazer esse trabalho", referiu, sublinhando que a autarquia irá utilizar o roteiro "em iniciativas episódicas de promoção e divulgação".

"Propõe-se ao turista uma viagem de três percursos no espaço urbano de Viana do Castelo, ao encontro do azulejo, num horizonte temporal de meio milénio", refere a publicação. Aqueles percursos incluem azulejos ornamental-alegóricos, utilitários e pedagógicos, em revestimentos de fachadas e formando silhares ou tapetes em espaços interiores". O primeiro e segundo percursos estão situados no centro histórico, actualmente delimitado pelo caminho-de-ferro e a beira-rio até à foz do Lima, entre Santa Maria Maior e Monserrate. A terceira proposta corresponde à área envolvente do centro histórico.

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