Game over 2014!

Este é o pequeno, pequeníssimo, minúsculo até, resumo do ano na indústria dos videojogos. O que não é mau de tudo, simplesmente significa que 2014 foi demasiado grandioso para caber em tão poucas palavras

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Daquella manera/ Flickr

Chegou aquela altura do ano. A época em que definimos quase 365 dias duma indústria em menos de uma página, e como sempre, este desafio é enorme. Começando pelo princípio. Talvez o mais importante é que este ano ficou novamente provado que a Nintendo “não está condenada”; “afinal” está viva e de boa saúde. Decisivamente 2014 foi um bom ano para a gigante nipónica com a 3DS a solidificar-se no mercado das portáteis, e com a Wii-U a apresentar excelentes títulos como Bayonetta 2, Mario Kart 8 e Super Smash Bros. for Wii U. A Nintendo até acabou o ano com o prémio “produtora do ano” atribuída no evento The Games Award.

No lado da Sony, a sua Playstation 4 não deixou lugar para dúvidas continuando a liderar o mercado (em parte graças a títulos remasterizados como The Last of Us). Muito embora, no sector das portáteis, a sua PS Vita, demonstrou desafios enormes para ultrapassar, que deixaram muitas incógnitas sobre o seu futuro.

Quanto à Microsoft, 2014 foi definitivamente o ano em que a casa foi arrumada. Nunca uma empresa de videojogos mudou tão repentinamente a sua direcção e estratégias no mercado. E tudo aponta que esteja a funcionar. Mesmo cá em Portugal, parece que finalmente existe uma equipa capaz de dinamizar a marca no nosso país. Mas, veremos se 2015 confirma isso. Este também foi o ano em que o “hype” e grandes estratégias de marketing funcionaram contra alguns videojogos. Quatro jogos lançados este ano ficaram bem abaixo das expectativas: Titanfall, Watch Dogs, Destiny, e mais recentemente Assassin's Creed Unity. Não é que sejam títulos maus, simplesmente prometeram muito e não cumpriram (pelo menos, inicialmente). Espero que o resto da indústria tenha tirado notas cruciais deste tipo de atitude e mude a sua estratégia de mercado.

Uma última palavra sobre a E3 deste ano. Se todas fossem assim, ganhávamos sempre. Então e Portugal? Bem, diria que isto foi um ano excelente em vários campos.

Vejamos, neste ano tivemos mais eventos dedicados aos videojogos, como o Lisboa Games Week, o Microsoft Game Dev Camp, e o Meet uP, este apoiado na grande força dos e-sports, que também tem crescido em Portugal. Mesmo eventos dedicados a outro tipo de temáticas, tiveram espaços para intervenções sobre a indústria dos videojogos, estes foram os casos da Comic Con, Midori, Anifest, e Iberanime. Todos estes já estão anunciados como tendo edições no próximo ano, e claro, espera-se que as áreas dedicadas aos videojogos cresçam.

A produção nacional de videojogos também tem crescido, não só em termos quantitativos, mas também qualitativos. E é importante que este crescimento se mantenha estável, para que num futuro muito próximo tenhamos realmente uma estrutura e finalmente estejamos presente nos grandes eventos internacionais.

Este ano também surpreendeu com os Youtubers nacionais. Os produtores de conteúdo audiovisual sobre videojogos demonstraram em eventos como o Tufazes e mesmo no Lisboa Games Week, que estamos perante um novo fenómeno de massas, talvez até sejam as primeiras estrelas-de-rock do mundo dos videojogos em Portugal. Infelizmente nem tudo são boas noticias, e este ano dissemos adeus à revista BGamer. Um legado de 16 anos que acabou em Agosto de 2014.

E pronto, este é o pequeno, pequeníssimo, minúsculo até, resumo do ano na indústria dos videojogos. O que não é mau de tudo, simplesmente significa que 2014 foi demasiado grandioso para caber em tão poucas palavras. Que venha 2015 e que seja igualmente fantástico!

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