Prémio das Indústrias Criativas: uma ideia, 25 mil euros

“Enraizar” é o tema da 9ª edição do Super Bock Laboratório Criativo. Evento vai dar a conhecer o vencedor do 6º Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock/Serralves

Bruno Carvalho
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Debate, música, teatro, acrobacias, manipulação de marionetas e malabarismo. Na 9ª edição do Super Bock Laboratório Criativo será possível assistir a tudo isto e ainda conhecer o vencedor dos 25.000 euros, do 6º Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock/Serralves. O evento decorre no dia 15 de Outubro, às 17h00, no Mercado Municipal de Matosinhos.

“Enraizar” é o tema da edição deste ano. Como explicou ao P3 Alexandra Mariz, gestora de Comunicação e Responsabilidade Social da Unicer (empresa que promove esta iniciativa), o tema de cada edição está sempre relacionado com o ano anterior da empresa. “Se olharmos para 2013 e para o nosso relatório de gestão o tema é Enraizar. E é Enraizar porquê? Porque a Unicer tem vindo a construir um caminho de internacionalização, com o objectivo de criar raízes mais solidas noutras geografias. 2013 foi o ano em que, pela primeira vez, foi produzida Super Bock fora de Portugal, no Brasil”, esclarece.

Esta é então a temática geral que vai guiar os vários momentos do evento: o debate e o espectáculo performativo. O Laboratório Criativo inicia-se com uma conversa sobre Criatividade e Empreendedorismo e tem como tema “A Raíz e o Quadrado”. Moderado por Ivo Bastos, actor da companhia de teatro Palmilha Dentada, o debate contará com a presença de três jovens empreendedores: André Ferreira, responsável pela Deloitte Innovation Portugal e Angola e co-fundador da Beta-i; Diogo Vieira, fundador da Visual Labs e professor na Universidade Católica do Porto; e Paula Sousa, fundadora da Urban Mint.

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“O que queremos colocar em conversa é a dualidade do que é ser criativo e do que é ser empreendedor. Todos nós ouvimos dizer que um criativo tem dificuldade em colocar os pés na terra e ser empreendedor”, explica Alexandra Mariz. Como é que da combinação de “duas realidades tão diferentes pode surgir um caso de sucesso?” Este é uma das questões que estará em discussão.

O evento segue, às 19h30, com a apresentação de um espectáculo multidisciplinar concebido propositadamente para este evento pela companhia

Facebook" href="https://pt-br.facebook.com/palmilhadentada" target="_blank">Palmilha Dentada. Ao todo estarão cinco pessoas em palco, numa performance que combina música, representação, acrobacia, malabarismo, manipulação de marionetas de grandes dimensões e projecção de vídeo. Em 20 minutos, esta performance materializa o tema “Enraizar” numa metáfora do ser humano enquanto ser empreendedor, mas que ao mesmo tempo preserva as suas raízes e origens.

“Há uma história a contar e aqui o que tentamos fazer é um espectáculo teatralmente interessante, mas que tivesse outras áreas como forma de comunicar”, conta Nuno Preto, responsável pela concepção e direcção artística da performance e membro da Palmilha Dentada.

A história vai-se desenrolando através de vários movimentos artísticos e sempre acompanhada por música ao vivo. Nuno revela um pouco daquilo a que se pode assistir no dia 15: “A analogia que eu fiz na dramaturgia foi que só temos uma boa ideia, se tivermos raízes fortes que as sustentem. [Considerando] a árvore enquanto símbolo de ideia, temos precisamente uma árvore morta no início do espectáculo. [É representada] a viagem que os bichos da terra que nasceram nas raízes fazem até chegarem a essa árvore morta e isto é, precisamente, o enraizar da ideia”.

O evento termina com o anúncio do vencedor do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves e com a distinção dos projectos que se destacam nas categoriais a concurso: Arquitetura e Artes Visuais, Conteúdos e Novos Media, Música e Artes do Espetáculo e Turismo e Património.

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Facebook" href="https://www.facebook.com/sensorialFIT" target="_blank">Sensorial Fit e Viral são os dez projectos finalistas.

Para além de receber um prémio no valor de 25000 euros, o vencedor será, ainda, o representante nacional no “Creative Business Cup”, uma competição internacional para distinguir as melhores ideias no sector criativo e que se realiza na Dinamarca.

E porquê realizar-se no Mercado Municipal de Matosinhos? A renovação do mercado permitiu que este espaço acolha actualmente uma incubadora de jovens empresários, que convivem diariamente com as tradicionais bancas de peixe, legumes e frutas. “Procuramos sempre locais que não sejam convencionais para a realização de um evento empresarial. Já tivemos em estações de comboio, em estações de metro, em estaleiros de obras. O projecto do Mercado Municipal é um projecto criativo que alia o design e a criatividade. E Matosinhos é [também] a cidade onde a Unicer está sediada”, explica Alexandra Mariz.

A participação no evento é gratuita mas está sujeita a uma inscrição prévia no site das Indústrias Criativas.

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