FermentUM, cerveja artesanal na Universidade do Minho

Filipe Maceira e Francisco Pereira, ambos de 27 anos, esperam ter as cervejas disponíveis no mercado em Setembro deste ano

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Dois investigadores em Engenharia Biológica da Universidade do Minho vão lançar este ano no mercado seis variedades de cervejas artesanais, produzidos numa fábrica a instalar nuns moinhos de água em Vila Verde.

Filipe Maceira e Francisco Pereira, ambos de 27 anos, criaram a FermentUM, empresa incubada na Universidade do Minho, e desenvolveram o projecto da Cerveja Artesanal do Minho. Depois de terem detectado a existência de “uma lacuna no mercado nacional, com uma muito pequena diversidade de cervejas”, os dois estudantes de doutoramento dedicaram dois anos a desenvolver receitas para produzir cervejas através de método artesanal.

“A cerveja artesanal é cem por cento natural, não tem qualquer tipo de mistura, injecção de gás ou diluições. A cerveja vem na garrafa com a própria levedura, micro-organismos que transformam açúcar em álcool”, explicou à Lusa Filipe Maceira, descrevendo que “todos os componentes da cerveja têm uma maior concentração, conferindo um sabor muito mais intenso e, sobretudo, muito mais real”.

Seis variedades

Das 20 receitas que desenvolveram, a FermentUM seleccionou seis variedades: uma loira, uma preta, com um sabor intenso a café, uma de trigo, “que não existe no mercado nacional”, uma ruiva, uma ‘indian pale ale’, “bastante amarga porque tem muito lúpulo, e que tem recebido muitos elogios” e uma cerveja “tipicamente belga, mais intensa”.

Os responsáveis da empresa esperam ter as cervejas disponíveis no mercado em Setembro deste ano, instalando a produção no interior de um ecomuseu em Vila Verde, construído em dois antigos moinhos de água, cujas estruturas serão aproveitadas. No local, os visitantes poderão, passando de um moinho para o outro, atravessar a fábrica, observar a produção e provar as cervejas.

A Cerveja Artesanal do Minho será distribuída a nível regional. “O objectivo é criar uma marca regional, procurando que a população local sinta empatia por beber uma cerveja criada na região”. “A ideia não é só meter uma cerveja no mercado, mas oferecer uma experiência relacionada com a cerveja”, um “luxo” que os clientes não se importam de pagar, disse Filipe Maceira. A produção da cerveja artesanal é mais cara, mas o responsável da FermentUM garante que “os consumidores estão dispostos a pagar essa diferença para terem uma cerveja de qualidade”.

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