Quem foi que disse que não se passa nada em Leiria?

A Preguiça Magazine, criada em Janeiro de 2013, é uma revista online que quer lutar contra a procrastinação. Depois não digas que não há nada para fazer em Leiria

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Ricardo Graça, Cláudio Garcia, Pedro Miguel e Paula Lagoa são os criadores da Preguiça Magazine Claudia Rocha/DR

Quem foi que disse que não se passa nada em Leiria? Há vida na cidade e a Preguiça Magazine, lançada no dia 10 de Janeiro de 2013, é prova disso mesmo. O lema desta revista online leiriense, que quer lutar contra o tédio e a procrastinação, é "depois dizes que não há nada para fazer".

O projecto da Preguiça Magazine foi criado por Ricardo Graça (32 anos, fotojornalista e músico), Cláudio Garcia (37 anos, jornalista e baterista), Pedro Miguel (37 anos, jornalista, escritor, DJ e autor de programas de rádio) e Paula Lagoa (31 anos, jornalista, empregada de bar e activista dos direitos dos animais). A luta à preguiça também é travada por alguns colaboradores. A publicação assume-se como “uma soma de vozes, um interposto de ideias, uma cooperativa de movimentos, das associações que fazem e agem em Leiria”.

A magazine só pode ser encontrada online, e contém conteúdos sobre artes, ideias, culturas, tendências, gostos e prazeres. Ser eclética é uma das suas características, referem os jornalistas da Preguiça: “Coisas que fazem rir e outras que emocionam, falamos de Leiria e das cidades à volta, das pessoas que as habitam e daquilo que pensam, escrevem e dizem, digam-no aqui ou pelo mundo fora”.

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Projecto "no cost"

Sendo uma publicação independente, a Preguiça surgiu também pela necessidade de acompanhar Leiria, que, apesar de não ser uma grande metrópole, é uma cidade onde “há associações, instituições, eventos e pessoas que suam por trás disto tudo”, explicam os mentores do projecto. “Há uma linha que separa o não se passar nada do não haver nada que lhe interesse — mas aí já depende de cada um. Agora, aqui passam-se coisas e este magazine é a prova disso mesmo”, acrescentam.

Os objectivos da revista são claros. Para os entusiastas que a elaboram, há que transmitir “uma mistura de sentido de cidadania e partilha de competências, que aparece numa altura em que o desprezo pela cultura por parte de quem governa é enorme”. A ideia é “conhecer e dar a conhecer”, num “ projecto sempre em construção, como o ser humano”, afirmam.

Para além de ser um projecto independente e de luta contra a passividade, a Preguiça Magazine é “um projecto no cost”. Funciona  num espaço emprestado, com vista para o Castelo de Leiria. Os fundadores descrevem o projecto como “democrático, totalmente livre e independente, que aposta sobretudo na qualidade e criatividade dos conteúdos”. Um público-alvo não existe. Todos são potenciais leitores da Preguiça, apesar de os criadores da revista garantirem que já existe “um feedback excelente”. Problemas? Para já nenhuns. Mas, estando no 11º andar, “se falha a luz é chato”, contam.

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