Metade dos norte-americanos usa “tablets” e “smartphones” para ler notícias

Alteração dos hábitos de consumo tem implicações na indústria da comunicação. Os norte-americanos estão a ler mais

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Dos possuidores de tablets, 64% usam-nos para saber notícias pelo menos uma vez por semana AFP

Metade dos adultos dos EUA tem um smartphone ou um tablet e a maioria usa estes instrumentos para aceder a notícias. O inquérito, promovido pelo Projecto para a Excelência no Jornalismo (PEJ), do Centro de Investigação Pew, em colaboração com o grupo da revista "Economist", apurou que a mudança para estes suportes tem implicações significativas para a indústria da comunicação.

Apuraram que 22% dos adultos dos EUA têm um "tablet", o dobro de há um ano, e outros 3% usam um aparelho possuído por alguém que mora na casa dos inquiridos. A percentagem dos que têm smartphones é de 43%, que comparam com os 35% registados em Maio do último ano.

Dos possuidores de "tablets", 64% usam-nos para saber notícias pelo menos uma vez por semana, percentagem que praticamente se repete (62%) entre os possuidores de "smartphones". A mesma proporção repete-se quando se inquire sobre o acesso ao correio eletrónico ou a jogos.

Mais notícias consumidas

O estudo, divulgado esta quarta-feira, noticiado pela AFP, apurou ainda que os norte-americanos fazem mais do que ler os títulos nos seus aparelhos móveis, com 73% dos que procuram notícias nos seus "tablets" a lerem artigos com profundidade, pelo menos algumas vezes.

A subdirectora do PEJ, Amy Mitchell, salientou que "há provas crescentes de que os aparelhos móveis estão a aumentar, mais do que a substituir, a quantidade de notícias que as pessoas consomem". O inquérito apurou que 43% dos possuidores de "tablets" dizem que os seus aparelhos estão a aumentar a quantidade de tempo que gastam no consumo de informação e 31% que estão a obter notícias de fontes a que não costumavam recorrer.

O estudo abrangeu um universo de 9513 adultos, incluindo 4638 proprietários de aparelhos móveis, e foi realizado de Junho a Agosto de 2012. Foi ainda apurado que novos aparelhos, mais baratos, introduzidos no mercado no final de 2011, aparecem com algum relevo. Agora, os proprietários de iPad representam 52%, quando há um ano a sua representatividade ascendia a 81%, e os detentores de um aparelho baseado no sistema Android os outros 48%, incluindo os 21% que se disseram possuidores de um Kindle Fire.

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