Agentes culturais lançam carta pelo futuro do sector

Cerca de 200 cidadãos ligados à cultura lançaram esta terça-feira a carta "Cultura e Futuro". Falam da desprofissionalização e do fechamento das agendas

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Depois da iniciativa, a discussão será prosseguida por grupos de trabalho Fora do Eixo/ Flickr

Cerca de 200 actores, encenadores, músicos, coreógrafos, realizadores, produtores e promotores assinaram a carta “Cultura e Futuro” que dá o mote a um encontro público, esta terça-feira, em Lisboa, para debater o papel do Estado no sector cultural.

“Houve uma necessidade de o sector se mexer e reafirmar o papel de serviço público na cultura”, explicou à agência Lusa Tiago Ivo Cruz, um dos organizadores deste encontro público, marcado para o Teatro Municipal São Luiz, às 18h00. A carta “Cultura e Futuro” é assinada, por exemplo, pelo programador António Pinto Ribeiro, pela historiadora Raquel Henriques da Silva, pela deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins e pelo realizador João Salaviza.

Já a subscreveram cerca de 200 agentes culturais, entre actores, investigadores, gestores culturais, programadores, realizadores, encenadores, compositores e técnicos. “Neste momento, como resultado de uma governação abertamente hostil à ideia de serviços públicos de cultura, e que usa a crise como alibi, assistimos a uma rápida e progressiva desprofissionalização no sector cultural, ao fechamento das agendas culturais e à desagregação da identidade social dos equipamentos públicos”, lê-se no documento.

Esta terça-feira à tarde, antes do debate público, haverá curtas intervenções de José Luís Ferreira, director artístico do Teatro São Luiz, do actor António Capelo, do produtor Nuno Artur Silva, das deputadas Catarina Martins (BE) e Inês de Medeiros (PS), do músico Kalaf, da fotógrafa Pauliana Valente Pimentel, do realizador João Canijo e de António Pinto Ribeiro e Raquel Henriques da Silva. Depois da iniciativa, a discussão será prosseguida por grupos de trabalho.

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